Não vai ser a única!
T omei conhecimento do arraial do PRR, vi que andam mais preocupados com o dinheiro do PRR do que com eleições, até tem lógica, contentar todos rápido é uma forma de "comprar" mas também a política existe na Madeira para se chegar a este tempo de dinheiro fácil. Empresários honrados e população não aparecem nas listas com crescimento vertiginoso de endividado a rico.
Se remediarem a vida já não quererão saber da política. Desde jovens vanguardistas sem currículo, a colegas nacionais de partido vanguardistas, empresas na hora vanguardistas, etc, vai "ganda" regabofe. Uma aflição para conseguir usar verbas do PRR com um governo cheio de tachistas inúteis que tenta se apoiar nas empresas para vazar e se encostar, apesar de ser só o GR a gerir tudo. É impressionante uma oportunidade destas estar exclusivamente nas mãos do GR que pouco sabe acerca das necessidades da economia na região da pobreza, da debandada para a emigração e nas desistências da UMa, sem falar na bendita Saúde ...
Mas a par disso há outro problema, a Comissão Europeia tem vindo a notificar Portugal sobre a desconformidade da legislação nacional relativamente às regras da União Europeia em matéria de contratação pública. Meus amigos, se detetaram problemas na legislação portuguesa, nomeadamente decorrentes das alterações efetuadas ao Código dos Contratos Públicos, o que dizer da moda do ajuste direto no GR? É que o aumento dos montantes para adjudicação por ajuste direto, a aceleração dos procedimentos ou a inscrição de preferências locais e regionais na celebração de contratos públicos ferem as regras europeias. O repasto é largamente regional mesmo com nomes internacionais para inglês ver e gozar da cara dos madeirenses (link).
Eu ainda não ouvi o Governo da República ordenar a correção das falhas identificadas no cumprimento da legislação europeia, acho que também não há vontade para não inserir mais um atraso na atribuição de verbas mas, no entanto, haverá fiscalização depois...
Só faltava o GR engrenar no esquema e ser apanhado em flagrante com o PRR para depois saltar a tampa da Caixa de Pandora dos 47 anos ... quem tem um CINM tem uma observação negativa.
O que eu sei é que temos dinheiro a mais até para a máfia e é agora, apesar de ninguém o dizer, que deveríamos ter os nossos melhores quadros a governar em vez dos criados dos oligarcas. A contratação pública é uma forma vital de intervenção do Estado mas, de há 10 anos a esta parte ainda não paramos de ter sucessivas crises que empobrecem cada vez mais a população e enriquecem os mesmos. A contratação pública deve alavancar o tecido económico e o desenvolvimento da comunidade regional, não para enriquecer mais os oligarcas para acabarem de comprar a Madeira. Percebe-se que o dinheiro em mãos erradas mata a nossa democracia, aí não precisaremos de Governo nem de Autonomia porque nada vai funcionar com eles, já vemos pela democracia capturada e a economia blindada neles.
O Governo Regional tem muita obra para fazer, na qualidade dos serviços que presta. Não é suficiente construir edifícios, é preciso dar à grande quantidade de pobres respostas, falta a obra social. O Plano de Recuperação e Resiliência que dizem ser para nos salvar, em cinco anos, não está a recuperar nem a criar resiliência sobre quem devia e nos serviços chave, servirá para continuar a enriquecer os mesmos, por isso não tenho pena nenhuma se der para o torto ... porque o estado de entropia é tal que nos vemos a arrastar até com dinheiro, impressionante! Este momento é chave e irrepetível para adotar soluções desde sempre adiadas e redesenhar a forma como se concretiza a utilização dos recursos públicos, a sua regulamentação e fiscalização, que na Madeira é um desastre.
Quando acabar a folia do PRR mais desordem no sistema: entropia.
Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta-feira, 9 de Fevereiro de 2023
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