Chupa Calado!


J á me tinha habituado que só os anónimos do Correio da Madeira é que criticavam o político Pedro Calado, fiquei estupefacto pela coragem e ousadia de Nuno Morna no seu artigo de hoje no Diário (link). Como sei que copiar um simples adjetivo do Diário tira do sério o seu atual Diretor, passo a reproduzir apenas o ponto 3 do artigo de Nuno Morna, que merece ser lido de borla por todos aqueles que acham que o Diário de hoje não vale o papel em que é impresso. Antes que me esqueça, as minhas desculpas ao autor por ter extraído um capítulo do seu texto sem lhe ter pedido e devida autorização, mas que se lixe, o conteúdo vale bem a ilegalidade.

Chupa Calado! mais gente já começa a se aperceber do real perigo que representas para a democracia. E ainda aqui vamos!

"A partir dos paços do Concelho do Funchal, começa a emergir uma espécie de neo-jardinismo que a todos devia preocupar. É um jardinismo na forma mas sem nada lá dentro. Uma espécie de cachorro-quente ‘vegan’, de rulote, às cinco da manhã e sem molhos, nem batata palha. Só pão e salsicha. Tudo acompanhado por uma laranjada que, pela cor, parece ter saído de uma filial da ECM em Chernobyl.

Até no próprio PSD, começa a ser motivo de preocupação. É ver a trapalhada (?) dos discursos na festarola no deslocado Chão da Lagoa.

Ao contrário de Albuquerque, Pedro Calado é politicamente inculto. E é também por isso que é neo, porque lhe falta a cultura de Alberto João Jardim para lhe poder suceder por inteiro. Foi à escola e anda na política há uma data de anos, mas ainda não percebeu nada. Rectifico, percebeu aquilo que a chico-espertice lhe permite perceber, percebeu que a defesa dos interesses de alguns grupos de pressão lhe convém, percebeu o fácil que é prometer tudo a todas as pessoas, usando do mais básico populismo.

Que ninguém se atreva a considerar o Presidente da Câmara do Funchal como um pascácio. Está muito longe de o ser. É arguto, esperto e dotado de uma inteligência prática muito grande. Como adversário não pode, em momento algum, ser menosprezado. Usa a falácia do espantalho, muito comum no argumentário do PSD, como ninguém. Falam-lhe de batatas e responde com máquinas de lavar louça, deixando umas suspeitas no ar sobre o posicionamento adversário, sobre um assunto que não é o debatido. Cai nisto quem quer e se deixa enrolar, por falta de jeito, na esparrela lamacenta que deixa no chão. A completa distorção do debate.

Tem, no entanto, uma característica muito comum à esmagadora maioria dos políticos desta terra: é preguiçoso e convencido de ser dono de uma verdade absoluta. Isso foi bem visível na campanha que o levou à presidência da capital: o seu programa para a cidade foi feito diariamente com o que prometeu a torto e a direito. Pedro Calado é como um martelo que pensa sempre que tudo são pregos, porque não serve para outra coisa.

Nunca conseguirá perceber que o passado é singular, o presente é fugaz e o futuro é plural. Para isso teria que levantar os olhos do umbigo e, ao fazê-lo, seria reconhecer a sua condição humana. Acertar no centro de um alvo é falhar o resto.

O exercício do poder, para alguns, tem a ver com um elemento construtivo da comunicação e para outros significa uma espécie de “eu é que sei e o resto são urtigas”. Se para uns se baseia na acção conjunta, para Calado e para o PSD Madeira, em geral, o poder tem relação com luta, uma espécie intensiva do seu exercício. Vinga sempre a tese, pois a antítese nunca presta, por isso, não há necessidade de ser realizada a síntese.

Não que na sua oposição directa esteja quem veja a política, e o seu exercício, de maneira diferente. São tão maus, uns como os outros. PSD e PS Madeira são as duas faces da mesma moeda. Não me canso de o dizer. Os socialistas laranja tudo fazem para se eternizarem no poder, são muitos os interesses em causa, os socialistas rosa têm uma enorme ânsia de poder. Conseguiram-no, fugazmente, quando venderam um sorriso pepsodente que seria a salvação de todos nós. Não era, não foi, nem será.

A um ano e uns meses das próximas regionais era bom que, parte de nós, começássemos a pensar nestas coisas. É o nosso futuro que está em causa. Miguel Albuquerque abalança-se para mais um mandato e o senhor que se segue será Calado. Não é altura de permitirmos que se mude algo para que tudo fique igual. Ou será que não aprendemos nada com as regionais de 2015 e 2019?"

PS: Muito obrigado Nuno por nos mostrares que também usas o cérebro.

Leitura relacionada: Sobre as verdades do Nuno Morna ao Pedro Calado (link)
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por Denúncia Anónima.
Segunda-feira, 27 de Junho de 2022
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