O Correio da Madeira é veículo de degradação pessoal



O CM tem exposto algumas posições de "denúncias" artificiais que visam a degradação pessoal. Felizmente, vem boicotando essa tendência de invadir a privacidade alheia. Mas esta questão levanta uma questão que ultrapassa o mero comentário sobre indivíduos.

Esta mania de usar a degradação pessoal prejudica as pessoas e não é só a classe política e os poderosos. Também prejudica o cidadão comum que vê-se inibido de intervir por receio da calúnia e do jogo sujo. É preciso separar águas do que é vida pessoal, profissional e política.

Conheço um caso de um indivíduo, que verdade seja dita, não merece a minha estima pessoal ou simpatia ou afecto, mas como cidadão merece o meu respeito, não por gostar da pessoa mas por achar que, por muito que não goste da pessoa, é um bom profissional. Não é excelente mas faz o seu papel. E sei que essa pessoa viu-se privado de seguir a vida cívica por a razão que teve um imbróglio com o superior hierárquico. Os colegas ficaram do lado do chefe. Nem sequer ligam sobre insignificância das acusações.

Isto acontece com gente com diploma e é triste. Mas esta coisa de andarmos todos a meter veneno na vida pública um dos outros (ninguém escapa, ninguém sai impune) acaba por fazer que os mais influentes sejam aqueles que têm mais veneno na língua. Ou seja, funciona como uma maneira de premiar os piores e punir todos os outros. E quando os lobos tomam conta do rebanho comem o que querem, fazem o que querem e mordem quem lhes faz frente.

Ninguém é santo, ninguém é virgem, mas vejo muita gente com algum valor que é atirada para as sombras por manobras sujas. Isto não pode continuar, porque acaba pelo andar da carruagem já não há mãos limpas a tomar conta da coisa pública.

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 28 de Agosto de 2020 16:54
Texto do autor. Título e ilustração do CM.