PS Madeira – Uma reflexão


Num momento de convulsões e impopularidade
no PSD/M, o PS/M facilita mais uma vez.
Desunidos serão todos perdedores.

A gora que a poeira assentou, há mais de uma semana que não se sabe nada de Paulo Cafofo, e nas vésperas de sabermos que rumo dará o presidente Marcelo à Madeira, é tempo de ver com calma, e acima de tudo racionalidade, o que se adivinha.

Havendo eleições antecipadas, o PS Madeira tem de se afirmar como alternativa principal ao PSD, e como o fará? Com um partido unido, coeso e a trabalhar em conjunto!

Há diferenças de opinião? Há, mas isso é saudável, é a democracia e acima de tudo a liberdade!

Mas para que a coisa funcione, e o Partido Socialista possa sequer pensar melhorar o resultado eleitoral de Setembro quanto mais ganhar as eleições, é preciso sanar as diferenças, união e acima de tudo assumir que todos (pelo menos é o que dizem) querem o melhor para a Madeira. Deixo algumas sugestões:

  1. Um reconhecimento de que Cafofo não tem o “elan” que tinha em 2019, e que mesmo nas ruas parece não transparece nem de perto nem de longe a confiança que tinha há 5 anos.
  2. Um reconhecimento de que Carlos Pereira, por mais competente que fosse, não ficou propriamente bem na fotografia ao longo dos últimos anos quando era hora de fazer campanha em eleições que não fossem as que ele estive envolvido.
  3. Um reconhecimento de que Emanuel Camara e Ricardo Franco têm muito capital politico a nível regional que tem de ser aproveitado, e que a estratégia seguida nos últimos dois atos eleitorais falhou.
  4. Um aproximar das bases. Não há grande vontade, de muitos militantes, em sequer saírem à rua ou apelarem ao voto, precisamente pelos pontos anteriores. E não venham com a conversa de que “houve direitas em novembro” porque anunciar que se vai avançar para a liderança do partido, quando em condições normais esse processo eleitoral seria em fevereiro com um processo já todo ele “feito à medida”, não é ser-se intelectualmente honesto.
  5. Perceber, verdadeiramente, quais os verdadeiros problemas da sociedade madeirense e quem representa essa mesma sociedade. Muitos madeirenses não se revêm nas atuais “figuras de proa” do PS Madeira a nível local, e isso cria já de si um afastamento.
  6. Entender que a troca de ideias, não se faz na comunicação social, mas sim dialogando. Não atendem o telemóvel? Se querem mesmo resolver os problemas procurar pessoalmente. Não é rebaixar-se, é acima de tudo colocar o orgulho em segundo plano em detrimento do que verdadeiramente importa.

Ficam algumas ideias, muitas mais e bem pensadas são também possíveis de serem analisadas outras e até mais credíveis, mas acredito que feita esta reflexão, em conjunto com todas as partes, seja capaz de unir o PS e daí ganhar tração e força para o que aí vem. Caso não aconteça, e o caminho se mantenha como até agora, provavelmente fará do PS a 4ª força politica a nível regional, atrás do vencedor (à rasquinha) PSD, JPP e até mesmo o CHEGA… O candidato até pode ser Cafofo, com todos os defeitos, mas que não exclua, chame os que estão afastados como maneira de alavancar as qualidades da candidatura socialista, e mostrar que mais do que um homem só o PS é competente como um todo!

Um resultado bom na Madeira, por parte do PS Madeira, dará força ao PS Nacional, e quem está na frente do partido por cá tem de perceber isso. Caso não o consiga perceber, irá empurrar o PS Madeira, e o Nacional de arrasto, para um nível que não será fácil erguer de novo, e à esquerda para isso já basta o PCP…

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 25 de março de 2024
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