Alerta ao Turismo

 

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O aeroporto já nos trama, falta o resto ...

H oje deparei-me com este artigo (link) e logo o meu pensamento focou-se na nossa economia. De novo, e sem aprender nada com o COVID, colocamos todos os ovos no mesmo cesto - TURISMO. A pandemia, ao contrário daquilo que se esperava, não ensinou nada e bastou serem levantadas as restrições para voltarmos de novo ao mesmo de sempre.

Neste momento a Madeira deveria estar em velocidade de cruzeiro no caminho da auto sustentação em termo de agricultura. Temos solos férteis, neles se produzem excelentes legumes (a nossa cenoura e cebola, sem falar de outros, são disso bom exemplo), temos água (em vez do desperdício de campos de golfe, canalizar para produção alimentar) e temos clientes para consumo desses bens. Mas não. Somos um povo superior que de certeza não quer sujar as mão na terra. Um povo que parece ignorar que, vivendo numa ilha que não produz nada, sujeita-se, em caso de inexistência de transporte, morrer à fome.

Vamos pensar num futuro próximo? Vamos tomar consciência da nossa vulnerabilidade enquanto ilha? Vamos valorizar a nossa terra? Vamos pensar em ter orgulho em produzir em vez de só consumir? Vamos ensinar aos nossos filhos o prazer de ver brotar da terra o nosso alimento?

O Planeta tem demonstrado que nós não somos nada, não controlámos nada. De novo alerto: Precisamos desta Terra para viver mas esta Terra vai livra-se de nós se essa for a única forma dela se regenerar. Sejam felizes, cuidem da vossa (ÚNICA) casa.

Aconselha-se a leitura completa do artigo de Bill McGuire, Professor Emérito da Geophysical & Climate Hazards na University College London: aqui

Turistas aterrorizados que estavam a passar férias na Grécia viram-se esta semana frente-a-frente com o futuro. (...) Será um grande erro considerar estes acontecimentos como anómalos e continuar a fazer férias como habitualmente nos próximos anos. (...) um novo estudo publicado no início desta semana, mostrou que as vagas de calor na Europa e na América do Norte teriam sido praticamente impossíveis sem as alterações climáticas. (...) Um aumento de 2 graus Celsius, que atualmente se prevê que seja largamente ultrapassada até ao final do século, faria com que o número médio de dias de canícula sextuplicasse no sul da Europa - de modo a que uma onda de calor a cada 100 anos passe a ocorrer de dois em dois anos. (...) A realidade é que as ondas de calor e os incêndios florestais em curso nos dão vislumbres do pior que está para vir nas próximas décadas, à medida que o nosso planeta se torna cada vez mais quente. É possível traçar uma linha reta desde os enormes volumes de dióxido de carbono bombeados quando milhões de pessoas partem todos os anos para as férias de verão, até ao calor, aos incêndios e a outros episódios de condições meteorológicas extremas que põem agora em perigo tanto as estâncias turísticas como aqueles que as visitam. (...) Se o sul da Europa ficar fora dos limites devido ao aumento do calor, então a tendência de muitos será procurar outro lugar que pareça - pelo menos à primeira vista - menos arriscado. (...) No ano passado, os residentes do Reino Unido fizeram mais de 46 milhões de viagens para ir de férias para o estrangeiro. Isto não pode continuar, nem deve, tanto para a paz de espírito dos turistas, cada vez mais preocupados com o aumento das condições climatéricas extremas, como para o bem do planeta. As férias no estrangeiro têm de ser dissociadas do transporte aéreo, o que significa - no que diz respeito à Europa - comboio, carro ou autocarro. É claro que há problemas. Uma análise recentemente publicada pela Greenpeace revelou que viajar de comboio pela Europa é, em média, quatro vezes mais caro do que viajar de avião. (...) Nos Estados Unidos, o impacto do calor extremo nos motores dos aviões, e na elevação que as asas proporcionam durante a descolagem, significa que os aviões têm de reduzir o peso, retirando carga de combustível, passageiros ou bagagem, ou esperar que as temperaturas desçam. (...) Se gostar do calor, cada vez mais não precisará de viajar, ele encontrá-lo-á.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 31 de Julho de 2023
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