N ão é política, isso é o menos, o tempo! Todos os anos sentimos uma diferença no tempo, no ano passado foi mais quente, neste ano foi mais cedo, se continuamos assim vamos ter um ano completo todo quente. Deem graças por estarmos sob influência do oceano porque há interiores que vão esturricar. Mas o oceano não aguenta tudo, está a aquecer e a acidificar, se por lá começou a vida por lá findará. Nós já vimos que todas as projeções falharam, aquelas que em tempos os maiores poluidores diziam ser catastrofistas e exageradas, afinal ficaram a quem e foram ultrapassadas pela velocidade a que o clima se degrada. Por este andar e estupidamente, vamos estragar o único mundo conhecido com vida, estamos nele com a lucidez da existência mas não humildes a preservar o que a natureza ou a sorte dos acontecimentos nos ofereceram. Não vamos longe assim, talvez a Terra nos extermine antes de termos tecnologia para fugir. Quando acontecer serão os maiores poluidores endinheirados os primeiros a fugir.
Não reconhecemos a dádiva que nos foi dada num universo. Extinguir espécies, fauna e flora, a diversidade de onde tanto copiamos ideias e inventamos produtos, ao ponto de nos destruirmos, é de perguntar onde anda o ser "inteligente", se estivéssemos nas mãos dos animais não inteligentes não chegávamos aqui. O chatGPT nunca superará o conhecimento de milhares de milhões de anos de acasos, bem e devagar, de que o universo é feito.
Ai Madeira, Madeira! Houve o primeiro grande incêndio do ano na Região, esta semana que acaba, e já ouvimos que os helicópteros tiveram de ir buscar água longe. É nestes momentos de verdade que juntamos as peças, eu lembro perfeitamente a confusão que houve na comunicação social e redes sociais sobre alguns que mostraram poços secos e outros que diziam não ser verdade. Pois bem, há duas variáveis, falta de manutenção nas infraestruturas e falta de água. Ambos têm sido negados mas a lacuna está à vista. Agora que ultrapassamos a negação do helicóptero na Madeira e já fazem propaganda disso, passemos à fase seguinte, se calhar é preciso apear a secretária lá para outubro. O promovido na UNESCO deveria assumir o lugar e não o "mata espécies". Nós não estamos a aproveitar o PRR numa das vertentes de resiliência, adaptar as nossas casas para outro clima.
E sobre natureza, as minhas últimas palavras. Foi um contingente de passeio para essa adrenalina chamada Selvagens. Alguns em verdadeiro trabalho, outros para cavalgar a notoriedade pública. Aqueles que muito falam de natureza e estão empregados no Governo deram sinais de vida, mas para as Ginjas está quieto. Quanto cinismo. Há uma que fala pior do que alguns miras, e não é mira. Muito se maltrata a nossa língua, alguns mereciam legendas.
Enviado por Denúncia Anónima.
Sábado, 29 de Abril de 2023
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