"A política de emigração"


O s assuntos na Madeira resvalam sempre para posições políticas enviesadas, depois a prole dependente também ataca e apoia como lhes convém. Não nos vamos desenvolver integralmente desta maneira e não posso achar que as pessoas sejam adultas com esta clubite tonta.

Quando se fala de ferries na Madeira chegamos a debates com muita estupidez, uns cingem-se ao serviço à comunidade, outros só fazem política. A Madeira deve ser a única ilha no mundo que não gosta de ferries e até acha bem que parem. Apreciei 3 textos, um a falar sobre a ausência de navio ferry para ligar ao Porto Santo e a falácia da cobertura do serviço com um avião (link). Eu concordo, avião algum leva tenta gente, não leva carros e é verdade que racionam as passagens. Só truques.

Depois vejo dois textos (link 1 - link 2) a dizer que os portossantenses não se importam e estão acostumados, que são pessoas ressabiadas do Funchal que falam pelos portossantenses. Eu estou farto de estupidez, ressabiado não é solução, é só conversa de bota abaixo. Mas reconheço, pelo indicador dos votos dos portossantenses, que a atitude de Governo e Armador não tem influência nas eleições. Já agora, mudem para dar menos despesa. O navio só deve trabalhar um mês e meio no Verão e parar o resto do ano. Se o ferry não faz diferença em janeiro e fevereiro, porque faz no resto do ano? Mais, como não é viável sem apoios, deve seguir as regras que impuseram ao ferry Madeira - Continente, sem subsídios, com taxas, com as condições de carga rodada e depois extingue-se a linha porque não dá. Aí imagino que os portossantense ficarão radiantes e darão uma maioria de 90% ao PSD.

Se as elites do PSD e seus oligarcas dependessem do Lobo Marinho para fazer dinheiro isto não acontecia. Se o PSD tivesse um comício no Chão da Lagoa em janeiro ou o Avelino uma grande obra na ilha dourada, a coisa era remediada. Portanto, vamos ver muito alarido dos que defendem a situação de ausência de ferry contra os outros que reclamam, mas silenciosamente, o que uma terra sem condições provoca é as pessoas irem embora, sobretudo as mais novas, estou a ver isso na Madeira e no Porto Santo não se fala. Precisamos de um armador com uma frota que rode navios para não falhar compromissos e não de um armador com um único ferry, mas a primeira coisa que fizeram foi prolongar a concessão dois anos antes, por mais 13, dizem que de forma ilegal (link).

Será que tudo isto é uma estratégia para fartar as pessoas do Porto Santo para depois privatizar? Que alegria, a ilha dos ricos e um aeroporto só com aviões privados.

Nota: achei piada num dos textos dizerem que não gostam dos madeirenses no Porto Santo, então? E "votam" nos madeirenses do Governo e do Armador?

Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta-feira, 3 de Fevereiro de 2023
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