Os lucros caídos do céu ou do inferno ucraniano.
D emocraticamente, aguardo com enorme expectativa a posição do "comentador online" Nuno Morna (Iniciativa Liberal) relativamente à tributação dos lucros extraordinários (windfall profit tax no léxico inglês, traduzido livremente como lucros caídos dos céus) das empresas energéticas e do sector bancário, abençoados com o “maná” da tragédia ucraniana, que têm feito disparar os preços dos combustíveis e do dinheiro, lançando a Europa numa crise sem precedentes no pós guerra.
Adeptos convictos das virtudes do mercado (leia-se capitalismo selvagem), os liberais portugueses parecem não alinhar com os seus congéneres alemães que querem solidariedade das grandes empresas dos sectores da energia, bem como das entidades bancárias, no sentido de aliviar o custo de vida da população e pagar também parte da fatura da guerra, ao invés de fazerem propaganda dos obscenos lucros que alcançaram com esta tragédia humanitária.
A tributação destes lucros é um imperativo moral, uma vez que sem essa exigência, as empresas vão distribuir os dividendos da guerra entre si, sem qualquer espécie de solidariedade com os mais necessitados.
Enviado por Denúncia Anónima.
Terça-feira, 6 de Setembro de 2022
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