Imunidade: Albuquerque feito camelo


A imunidade dá água pelas barbas.

J á ninguém aturava, vomitava-se até, a presença compulsiva de Pedro Calado nos órgãos de comunicação social do seu "dono", para que fosse levado de andor à Presidência do GR. Era a panelinha santa, até que se destapou uma pontinha do véu, se fosse tudo não saiam nesta vida da prisão. Com ele, não caíram os jornalistas amestrados por si, uns de Bentleys, outros de assessorias, outros de preferência nos tais órgãos. Prosseguem santos e honrados a manobrar a honrabilidade, mas cada vez mais promiscuídos com o poder, não há outra saída e acaba num win-win.

Veio a rusga e deu-nos um alivio, mesmo todos rebentados por dentro e com o grupinho de jornalistas do PSD a fazer de defensores da greve, o ar melhorou por ausência e depois por ocupação do espaço livre com outros temas. As mudanças até trouxeram uma "meio democracia" no PSD com internas a dois, se bem que inclinado, mais uma panelinha que era só para cozinhar a legitimação de Albuquerque. Não vejo hora que acabe essa disputa.

Agora, sempre com o PSD, umas eleições internas que diz respeito aos militantes (com quotas pagas) contamina todos os ambientes na Madeira, do profissional ao lazer, da caridade à beneficência, da Saúde ao desporto, etc. Não é pela importância daquele partido, é pela sua rede tentacular de controlo total, aquela que chega a qualquer canto com o seu fel déspota e aflito por poder. Quero, mando e posso, se lhes derem poder. Se não lhes derem, o ambiente melhora como na ausência de Pedro Calado.

É interessante pensar agora nos argumentos que Albuquerque usou para retirar o alapado Jardim do poder e como estão a tentar retirar o alapado arguido do mesmo poder. São todos iguais. Jardim era por cansaço de o aturar no autoritarismo já tresloucado. Albuquerque, em muito menos tempo, é por ditadura alucinada quando a Justiça o acusa. Mas estas coisas de imunidades tem muito que se diga.

Decidi escrever por pensamentos e comparações. Na Madeira, ninguém tira a imunidade ao Presidente acusado de crimes graves. Na Assembleia da República, por "conversas", já se tira a imunidade:

  • Parlamento levanta imunidade parlamentar a Inês de Sousa Real do PAN e Pedro Frazão do Chega. Em causa está uma "ação de difamação posta por dona do canil" depois de comentários da porta-voz do PAN e a alegada "prática de um crime de difamação agravada com publicidade" pelo deputado do Chega. (link)
Que significado tem estas dualidades? Depende das pessoas e da interpretação da Lei, da verdadeira honrabilidade das instituições pela qualidade dos seus "players"? A Madeira é um local deixado em Autonomia e que se converteu em República das Bananas?

Aqui na Madeira, enquanto uns se passeiam e pavoneiam na corrupção, por causa dela, outros são castigados na Função Pública por não pertencer à "única opção", assim tipo "único importante" do passado. Moral da história, argumentar e escolher em quem votar é tão crime quanto a opinião em "delito". Isto é literalmente "coar mosquitos e engolir camelos".

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 15 de março de 2024
Todos os elementos enviados pelo autor.

Adere à nossa Página do Facebook (onde cai as publicações do site)
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira