Os irmãos metralha

 

S egundo se sabe a "Operação Zarco" apreendeu mais de 1000Kg de material informático. Se consideramos que um computador portátil pesa pouco mais de 2Kg, que um disco externo 200gr e uma PEN de 64 GB menos de 20gr facilmente se estima em mais de 500 equipamentos apreendidos que extrapolados para bytes dá qualquer coisa como 60 Terabytes de dados que vão demorar o seu tempo a digerir. Portanto com muita sorte daqui a um ano ainda se estará a descobrir crimes e arguidos no meio de tanta informação apreendida. 

Mas julgamos que isto não fica por aqui, ou muito me engano ou os hackers que atacaram o sistema informático do Governo, como não foram pagos, entregaram à Judiciária mais informação pertinente que vai causar ainda mais estragos.

Se segundo o Sr. Juiz de instrução a existência de dinheiro vivo não prova a corrupção, o que dizer dos milhões de euros em carteiras Bitcoin e Ethereum transacionados? Segundo os dados de um corretor a que tivemos acesso, entre julho de 2022 e novembro de 2023 foram transacionados mais de 28 milhões de euros em criptomoeda com IPs geolocalizados na Madeira. Que fique claro que estes valores não são indicadores que os valores transacionados proveem todos de atividades ilegais mas julgamos que seria profícuo se a investigação verificasse se as transações digitais tiveram origem nos equipamentos informáticos apreendidos e qual a origem. 

Resumindo, a se provar a corrupção generalizada, a estrutura dirigente da função pública da Madeira corre o sério risco de ruir e o número de arguidos ultrapassar as centenas porque na verdade foram 48 anos de esquemas e falcatruas.

É natural que a maior operação da Judiciária de sempre em Portugal se torne no maior processo de corrupção de sempre por isso o bom mesmo era usar os dinheiros do PRR e construir uma Prisão maior que podia ter o nome de “Estabelecimento Prisional do Dubai”.