P rovavelmente. Há muitos que vêm em busca do que lhes faz lembrar o passado, onde sem maldade se viviam os cheiros, gostos, ambiente de famílias, a nostalgia de bons tempos que na altura não tínhamos sensibilidade para saber que eram únicos. Ninguém pode dizer que não se está a desvirtuar o Natal madeirense, de mais pândega no adro, mais do nunca e qualquer dia Natal madeirense é onde se concentrarem mais na emigração.
Nesta folia internacional de arrecadar milhões para os únicos que vivem na ilha, saem números astronómicos que representam a matança do madeirense, não há vergonha nem consciência. Quanto mais elevados forem mais é indicador da matança.
Qualquer dia não há o Natal que você procura, porque vivemos cada vez mais num mundo de conhecidos descartáveis que agora interessam e depois não. É uma questão de conveniência. Mas também quando você falecer, leva as suas recordações e nostalgias. O Natal madeirense será o desvirtuar da Igreja que não soube estar e perdeu o seu lugar, as iguarias e costumes substituídas pelas manadas e manadas de gente que chega e não se integra, será você mesmo desacreditado. O Natal madeirense está como a Pérola do Atlântico sem jardineiros que a tornem fora de série. O natal será um ornamento comercial, a força maior que se aguenta. O dinheiro já mostrou como aguenta um partido 47 anos no poder.
Qualquer dia já não se pede sandes de carne vinho e alhos na noite do mercado...
Quem já passou muitos Natais não sabe ao que se agarrar, a Igreja desacreditada, as iguarias substituídas, as pessoas que desaparecem, as famílias que cada vez menos existem... O Natal dos Governantes não é preservar as tradições mas sim números, sobretudo na algibeira.
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 19 de Dezembro de 2023
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