A Madeira e os pobres, a realidade dói.


Bom dia grandioso CM, autores e leitores.

N ão sei se por aselhice ou convicção, o JM continua a permitir alguma divulgação de notícias, ao contrário do DN, brinquedo novo do regime, capaz de grandes frentes com o editorial e a deontologia às urticaceaes.

Eu não usei grandioso por acaso, porque um simples blogue atreve-se com o contributo e conhecimento de todos a dizer as coisas como elas são, depois é aguardar, a ver as notícias que desaparecem ou outras que corroboram. Eu próprio já escrevi textos onde tempos mais tarde vou consultar e os links dão um "404" (página não encontrada), agora faço acompanhar por cópia, o que com certeza dá outra cena maquiavélica dos jornalistas ao serviço de sua majestade, de acharem que lhes fere o negócio. Com, sem ou desaparecido, a vontade de certos jornalistas é de chamar os outros de mentirosos, quando não são, eles é que tentam por todos os meios esconder ao serviço de quem estão. A narrativa dos jornalistas fora da Madeira não encaixa nada no que aqui se vive. Mas ressalvo que há jornalistas e jornalistas, neste péssimo ambiente em que se meteram. Não há liberdade, só dependência financeira. Honra aos que resistem.

E é de dependência financeira que venho falar.

78.808 declarações de IRS em 163.977, quase metade (48%), apresentam números abaixo de 10.000€ de rendimento na Madeira. Tem piada o bónus entre as contas feitas para 14 meses com subsídio de férias e Natal (714€) comparado com o salário mínimo 682€, wow um bónus de 32€. Logo a seguir vem piada maior, a partir de 10.001€ até 13.500€ já são classe média, aquela que paga tudo e não tem direito a subsídios, contribuições, isenções, etc, ou seja, aquela que vive liquidamente pior do que os mais pobres, justamente por pagar tudo por ser classe média. Assim nascem empregados sem abrigo. 

Aqui não dizem quantos, mas dizem que entre 13.500 e 19.000€ por ano também é classe média. Não sei como o Alexandre Fernandes da USAM teve o direito à palavra para afirmar as evidências, a classe média está a desaparecer, em vez do burgesso do economista que faz conferências para autopromoção do modelo que nos mata, o que manda ter dois a três empregos mas ele no bem bom. A vida é feita para os outros trabalharem 16 horas para ficar 8 para dormir.

Agora o senhor Paulo Pereira cai no ridículo, suspeita que as pessoas recebem por fora. Deve ser um montante equivalente ao que as máfias desterram, não acha? Efetivamente recebem de fora, emigram, não contam aqui. Um pouco de vergonha na cara e menos malabarismos era bom.

Senhor Jorge Veiga França, colocado como todos os Presidentes da ACIF por uma questão de controlo, nem os mais bem qualificados fazem vida na Madeira, se não for filho deste e daquele, a Madeira tem castas, é uma Nova Madeira Velha, dos burgueses do PSD. A Madeira tem prazer em escravizar e todos vocês fazem parte da teia. Fala dos empresários a pagar muitos impostos, quais? Os amigos? Aos que se retira a derrama e baixa-se IRC, os que fazem a fatia de leão do que poderia ser o aumento da arrecadação de impostos ... mas esse é investido para garantir renda certa com as pessoas certas? Aqueles que esvaziam pelo CINM, pela vista estrábica do fisco que deve ter mais "dantas", quase dantesco. Isenções de IVA, navegar, navegar com os negócios todos por aí, futuramente criptomoeda, etc. É claramente visto que o GR trabalha para as grandes empresas e não para o madeirense. Fazem o pacote governamental de isenção contra si mesmo e o futuro dos madeirenses? Senhor Jorge Veiga França, já viu o mesmo tratamento para elevar os rendimentos do particular? Tantas décadas de tachismo e não contagiam os números? E ainda há madeirenses tontos atrás da cenoura?

Não sei onde querem ir todos aqueles que têm o poder de enriquecer cada vez mais sem pingo de solidariedade. Ninguém quer parar em favor do clima no único planeta que temos, um dia enfrentaremos tantos cataclismos que então é que não estamos preparados com nada. Fazem pobres para aumentar extremismos e radicalismos. Os partidos tradicionais são clientelares e destroem a democracia. Não sei onde o Governo Regional quer chegar continuando a alimentar os seus amigos e desterrando o madeirense. Quando a aflição chegar, o Governo Regional vai dizer que não tem dinheiro para acudir, depois de 47 anos a fazer poucos ricos com os pés sobre os madeirense. Puxe os madeirenses para cima e não semeie uma guerra civil. Olhem para fora como está, isto é uma ilha que vale zero sem dinheiro de fora, vimos na Covid.

Nesta terra conquistas, números, estatísticas, vanguardas, etc, devem ser encarados com um pé atrás, porque o poder já não produz argumentos, mas mentiras e propaganda, essa que sabe contar a parte, diluir, sacar de outra notícia para cobrir a que verdadeiramente conta. Puro ilusionismo nesta Madeira com cada vez mais colaboradores pela mesma premissa a perguntar pelo seu lugar ao sol. Agora já vêm do continente!

O quão impreparados estamos para os desafios futuros com alguns a se lambuzar em exclusividade no plano de recuperação e resiliência. Os mesmos que escravizam os madeirenses a vencimentos que não dão para viver. Esta é a verdade.

Não vamos a lado nenhum enquanto não se rebentar com esta teia que inibe o funcionamento das instituições democráticas. É preciso purgar a Justiça na Madeira, purgar o jornalismo, purgar os decisores no Governo Regional colocados para favorecer os de sempre, purgar até a cabeça do madeirense que está mal formatada por 47 anos disto e do deixa andar.

Esta manhã saiu um texto no CM que, de previsões, não tem nada mas sim de acerto, tudo está a acontecer, claro, com o madeirense longe da informação.

O madeirense que se deixe de festas da anestesia e arrepie caminho!

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 28 de Dezembro de 2023
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