Universidade da Madeira: para onde vais?


O Diário de Notícias apresenta, neste dia (18 nov.), como notícia de primeira página, que alunos e funcionários da Universidade da Madeira (UMa) estão com problemas de saúde mental. Tal conclusão deve-se ao trabalho de investigação, não, como seria expectável, de qualquer profissional da área da Saúde Mental, mas, sim, coordenado por uma licenciada em Filosofia e doutorada em Ciências da Educação, na área do Currículo, de seu nome Liliana Rodrigues, ex-deputada do PS no Parlamento Europeu, conforme refere o Diário.

Para além de tão insólito estudo, e de tão estranha investigação por quem não é da área científica a que se refere o estudo, importa, antes de tudo, inquirir não apenas sobre a saúde mental dos alunos e uma dúzia de funcionários, mas, em especial, sobre a sanidade mental de alguns docentes, incluindo os que chegaram a tais conclusões.

A UMa está de facto doente. Doente pelas práticas de alguns professores, arrogantes e autointitulados de competentíssimos, mas medíocres, que fazem a vida negra a todos os que divergem da sua opinião, ditadores que manipulam concursos, pactuam com falsidades e mentiras, que mentem impiedosamente, impedem os demais de fazerem currículo, que os humilham e denigrem. E, nesta área, sim, eles são especialistas de mobbing, o terrível assédio laboral que corrói a saúde e mesmo mata. Convém não esquecer o suicídio de dois professores nos últimos anos. A sua memória jamais poderá ser esquecida. São os mártires da UMa.

Por isso, achei muito bem que a UMa, no passado dia 15 de novembro, tivesse acolhido a conferência “Assédio no trabalho ou mobbing: conceito e feitos legais”. Faltou, todavia, a dimensão ética, a repercussão na saúde e na família e os efeitos na carreira desse maldito mobbing. Na verdade, a UMa é o palco ideal para discutir, no anfiteatro da Reitoria, esses problemas. Pena é não se ter falado dos muitos casos da UMa, que a Reitoria encobre (sobretudo e escandalosamente o anterior reitor), alegando a autonomia das Faculdades. 

Em conclusão, o problema da UMa não é a saúde mental dos seus alunos e uma dúzia de funcionários, mas o clima de contínua agressão para quem pensa de forma diferente, para quem não se subjuga aos catedráticos e quejandos sem currículo, mas que oportunisticamente foram ascendendo e derrubando tudo o que pensava e refletia à sua volta. Prolifera um ambiente negativo para a atividade científica. Esses professores/eucaliptos são a verdadeira desgraça da nossa Universidade, não os alunos. Deixem-se de estudos da treta e invistam na Ciência, área que exige mais trabalho do que lançar inquéritos tendenciosos, cujas respostas não são verdadeiramente aferidas e cujas conclusões são retiradas por quem não é competente em Saúde Mental. Haja respeito pelos profissionais desta importante área da Saúde.

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 18 de Novembro de 2023
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