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| JM de Hoje |
Q uando uma via melhor e mais rápida abre, as pessoas tendem a ir por ela, mas as outras não desaparecem, normalmente. Muitos sítios de passagem obrigatória, impensável de deixarem de o ser no passado, viram esta realidade acontecer, a Ribeira Brava é o melhor caso. O trânsito foi desviado e o comércio ressentiu-se, o desenvolvimento também desvaloriza alguns. Agora são os que residem ou vão de propósito que geram o movimento. Há algum turismo, mas não muito, nem paragem obrigatória.
Hoje abro o JM, que desde já endereço os parabéns pelas melhorias que se notam, e percebo que um local que frequentei no passado não anda bem, também eu mudei de hábitos. Uma quebrada deu razão à construção de uma estrada alternativa e as excursões também optaram por ela. Num instante se deita a perder um investimento pela massificação da solução e dos circuitos turísticos.
Acho, no meu entender, que há muita coisa por medida na Madeira, concursos de emprego, de bens, estradas, leis, opções, que de inventadas não têm nada, são bem planeadas sob o ponto de vista de quem manipula a governação, no interesse de alguns.
É aqui que chego aos curraleiros, do Curral das Freiras e não dos Romeiros. Num teleférico passa-se mesmo por cima dos caminhos todos e não há alternativas. Penso que só os que têm vertigens não vão experimentar, mas e depois? Não derrama rendimentos, concentra. O mesmo episódio de sempre que estamos fartos de ver. De maneira que entra-se num ponto que vai ter todo tipo de vendas, passa-se por cima de todos e vão ao ponto turístico que, ainda podem e devem contar, que vai massificando itinerários e quantas vezes os guias têm os seus "carunhos".
O Teleférico foi decidido 4 dias antes das eleições, não é ilegal mas pouco ético, parece que foi uma garantia caso desse para o torto. A renda é uma miséria para o potencial de lucro encaminhado, por 60 anos. Qualquer dia 2000€ não é nada, para estrangeiros, nós sim ficamos a marcar passo com estes governos para meia dúzia.
Vendem-lhe desenvolvimento, eu olharia para o exemplo dos outros. É preciso saber gerir o desenvolvimento, alguns não se importam com a Madeira mas só com eles próprios, alguns amantizados com o poder.
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 18 de Novembro de 2023
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