Sobre a Liberdade

 

V ivemos tempos em que quase todos estão em negação, é doloroso se dizer o que se passa na comunicação social da Madeira. Há uns que se dão calados com bom vencimento, mas há outros que vivem atormentados. O processo de habituação à realidade faz-se com tempo para muitos, como que encontrando argumentos, como ... este é o nosso ganha-pão, vamos encarneirar.

E porque hoje o DN-N faz 147 anos, festejemos os 140. Depois de um período emocional de grandes convulsões no interior de cada jornalista, acostumaram-se à realidade,  já aprenderam a tornar verdade o que é um frete, a tratar bem quem paga a publicidade e os sustém, validando toda a desinformação que daí advenha, através da fuga da notícia e deixando factos omissos ou dúbios. Por vezes, encontramos esforço para que vingue narrativas. Com orgulho se despacha quem diz verdade se for inconveniente e atormente a alma, porque é doloroso, mas não me admirava que muitos gostassem da crítica de fora para dentro, já que de dentro não se pode falar sem passar de novo pela ostracização dos indivíduos do fundo da sala. É uma casa com gente apostada no poder, outros híbridos que vão torneando os pingos da chuva. É o lugar mais responsável por levar ao colo alguém sem qualidades ao poder que distribui o dinheiro, porque é o sucesso que dá razão nos nossos dias.

O DN-M vive um problema de identidade, para fora quer ser uma coisa mas para dentro é outra. Por muito que disfarcem e que queiram ser idóneos, o vínculo de trabalho e as pressões do poder político e económico, que afoga os madeirenses, está em pleno no DN-M. A capa de festejos de hoje é um disfarce, mas penso que o declínio do PSD também é o seu ...

Cada vez mais acolhe os homologados porque não falarão de nada útil, porque dependentes de um tacho ou subsídio, cada vez mais tem trauliteiros medíocres a comentar, tudo está certo porque os interessados comentam em causa própria, faz-se apostas em pessoas que se acomodam no mesmo problema do DN-M, mas mesmo assim querem fingir por causa de ambições pessoais, gente que claramente não é idónea ou credível, mas que escreve apontando o dedo aos outros.

Por alguns dias após o desaire eleitoral do PSD, a nossa sociedade ficou diferente, muitos mais com alegria genuína como que de libertação, depois voltamos ao mesmo, com mais uns traidores do voto expresso. Há muita gente a apreciar calada toda a mentira montada, espero que um dia os jornalistas do DN-M sintam a alegria da libertação, mas não efémera. Bastava que existisse um órgão de comunicação social livre, editorial e financeiramente, para tudo mudar, para que cada um fosse ilha, com identidade,  "das ilhas mais belas e livres".

Entretanto, são as redes sociais e blogues que vão fazendo o papel do DN-M, aguardando a sua libertação, mas todos nós sabemos que este desejo, quase sem razão que se vislumbre, só se consumará com a queda do regime, se não tivermos mais traidores eleitorais na alternância. O DN-M vive os piores anos da sua história. Sem dúvida. E haverá nomes associados no registo histórico ... se não houver revisionismo. O DN-M vive nos nossos dias, porque tem história, aquilo que se sentia nos tempos da velha senhora, mas só os idóneos que sofrem em silêncio.

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 11 de Outubro de 2023
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