Câmara Municipal do Funchal: uma casa a arder


N aturalmente ninguém saberia do mau ambiente dentro da Câmara Municipal do Funchal sem informação alternativa, a comunicação social está mais entretida em construir uma imagem impoluta a quem paga o sustento, tanto, que rebentou a bronca do plágio da vereadora (honra seja feita ao JM - Link) e o DN entretém-se a criar a imagem de plágio na oposição com cartoons (link).

Os funcionários da CMF foram em conversas e só depois de verem as tropas a entrar, após a vitória, é que perceberam que para haver lugares para tantos, seriam encostados sem apelo nem agravo. O que dizer disto? Bem feito para uns, para outros não. Se há entre eles sabotadores do mandato anterior diria bem feito, usados e deitados fora, quem com ferro mata com ferro morre. Se calhar também há anjinhos surpreendidos e há os que contavam ser alguém por opção política, e não mérito, quando finalmente perceberam que estão fora da jogada.

No urbanismo os atuais chefes dizem à boca cheia que bloquearam processos no mandato anterior. Uma R. Quintino e um tal de  R. Cascais andam a fazer a vida negra a todos os que trabalharam para a Câmara nos tempos da Confiança. Quem foi profissional e honrou a entidade patronal está a ser agora perseguido por não ter seguido a cartilha PSD.

Na fiscalização dizem que a chefe era toda endiabrada e multava toda a gente. Agora anda cega e vai metendo na gaveta todos os processos de multas aos amigos do regime. De facto Polícia Municipal nas mãos de Pedro Calado seria um suicídio, atendendo a este exemplo.

Na salubridade meteram o antigo "bombeirão" que já começou as suas jogadas contratando uma empresa privada para substituir os tradicionais municipais. A chefe que levantou a garimpa e que se afirmou contra, foi despedida.

Na educação, fizeram um saneamento a todo o departamento e meteram uma continental que agora será mandada pelo Ganda Cena, com relações profundas com a nova chefe dos recursos humanos.

Na cultura, a antiga diretoria do teatro anda nas jogadas com os agentes culturais, há rumores de que há retornos no já depauperado meio artístico, um jogo de damas, não sei como ainda não apareceu um indivíduo que costuma escrever sobre cultura no CM que lhe larga forte e certo. Sem falar no caminho que leva o antigo matadouro, ou sabem e andam calados ou estão à espera de ver para crer. Aqui mais potencial para confusões com a cultura.

Mas o maior cancro é mesmo o departamento jurídico, como "já chegamos à Madeira" e incompatibilidades e suspeições não existem, só se pode estranhar a atual diretora ter uma casa num loteamento em São Roque previsto para habitação social, quem tem amigos do PSD ... Coleciona colegas juristas enganados, o que leva muitos a fugir da câmara para outros locais, como o tribunal de contas, as finanças, o governo em Lisboa ou até mesmo desistir da função pública. Isto chama-se distribuir inimigos e aumentar focos do exterior sobre esta câmara. Se houvesse justiça, suspeito que esta seria a primeira dirigente a ser investigada por documentos e património pessoal. Há riqueza para justificar.

A propalada meritocracia de Calado tem cor, ou seja condição, quem ainda acredita nas suas conversas nesta altura do campeonato só tem um nome: tonto. Rebentou a bronca da SocioHabita Funchal (SHF), porque Calado menosprezou a situação. Achava que ia mandar embora a Augusta depois de acusá-la de "não vestir a camisola", por esta ter decidido com base em diretrizes técnicas em vez de pedir "orientação politica" à incompetente Leal com "H" no início. Dado início ao joguete partidário para dar tachos, arranjaram uma "solução interna" que acaba por ser pior do que a atual. Face à crispação crescente entre as duas senhoras, Calado teve de escolher entre a sua ex-colega Secretária no Governo Regional e a sua terceira vereadora do social, em ano e meio. Claro que escolheu a vereadora que está no rabo da lista do PSD  e conhece-lhe os podres todos. Como é mais fácil arranjar administradores do que vereadores, a corda rebentou pelo elo mas fraco. Calado obrigou a Augusta a "despir a camisola" (nestes exatos termos). Mas pelo meio foi falado o nome de C. Baptista (ex-CDS) para a Administração da SHF.

Calado está à altura de um Estaline. Vê sabotadores em todo o lado e persegue e saneia todos os suspeitos. Qualquer dia monta um Gulag no Parque Ecológico, não tem escola política, não tem diplomacia, sempre o cultivaram como menino mimado que tem tudo e agora cai na CMF para gerir gente e situações. Não consegue, só governa laranja.

A população e todos os PSD com massa cinzenta devem imaginar o que seria Calado Presidente do GR pela amostra da CMF. Em vez de haver tacos de basebol a se aprontar para a Zona Velha alastrava pela ilha toda, mas aí o pior secretário do turismo de sempre premiado sairia com um cartaz Madeira Safe ... como se vai vendo.

Os funcionários estão apreensivos, continuam na política em vez do profissionalismo de servir os munícipes, há demasiados jogos de poder e negócios, o grande medo é de se envolverem em problemas para manter o emprego, fazer e assinar o que não devem. Uns são emprateleirados ou demitidos por não aceitar engrenar na loucura. Há estados de graça que duram meses, em pouco tempo ficam queimados e com rabos de palha para a vida...

Chegada a campanha eleitoral serão todos amigos, porque sem poder não têm estes luxos.

Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta-feira, 03 de Março de 2023
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