A APRAM e o seu Jardim suspenso


Q uantos anos é que você tem? Não é preciso ter muitos para se lembrar de que a Pontinha foi nalgum tempo uma zona para relaxar, íamos de carro com namorada e amigos, parávamos o carro na cabeceira e perdia-se as horas à conversa. De dia era quente mas à noite era fantástico. Existiam aqueles armazéns onde parte era uma zona comercial que funcionava e bem, com um bar sempre cheio com vista para o Funchal. Saudades desse tempo.

Quando chegou o "desenvolvimento" à Pontinha, é impressionante se dizer isto, nada correu bem. O terminal é exíguo, quem construiu parece que fez uma casa de bonecas ou se calhar para funcionários públicos porque só serve para isso. Todo o comércio desapareceu, os poucos vendedores não usam o terminal, estão fora como nos anos 60 e 70. Construíram um bar de apoio que, com aquela vista, tem um alpendre para o alcatrão interior. A manga principal de serviço nunca prestou e gastou-se 3 milhões de euros nela. Quando há embarques e desembarques as malas são colocadas em contentores no exterior do terminal. O edifício passa os dias vazio, só animado por eventos pontuais que aproveitam a vista, nada no edifício resultou. Tem um PT e gerador (para quando falta a corrente) ao lado do terminal que uma vez veio uma onda e estragou aquilo tudo, caixilharia, equipamentos, a cabecinha que houve naquela obra para colocar a alternativa de energia ao lado do terminal continua na senda idiota.

Durante todo o bom tempo, nunca se ouviu falar em problemas, nalgum tempo não havia bandidos no Funchal como há agora, é verdade, mas para além de todas as novas regras que tornaram os madeirenses bandidos, perdeu-se totalmente a mística do porto. Os funchalenses deixaram de ir à Pontinha a não ser para o Lobo Marinho ou a Nini. Agora esforçam-se no JM com propaganda para devolver algumas coisa, mas há pessoas que têm o dom de secar tudo, até que um dia desapareçam do mapa. A entrada na Pontinha é por humores de um senhor e da Opinião Pública se aperta ou não, destruiu hábitos de Domingo, de visita e caminhadas e jogging de manutenção, de espairecer e beber um copo.

Quando fazes um cruzeiro percebes como tantos portos interpretam as leis de forma diferente, mas normalmente são mais amigos do utente do que o desertificado Porto do Funchal, esse que tem necessidade de mentir com um cartaz à porta ... por mais que paguem. Sempre tontos a se armar.

Nunca tivemos uma APRAM tão incompetente, não é diferente do Governo Regional, mas agora os jornalistas estão domesticados a dar páginas a metro de bajulação. Aquele que tem olho aberto até parece um anormal no meio de tanto anestesiado.

A foto que envio da APRAM, com os seus jardins suspensos, peço que coloquem no início do meu texto, simboliza a elite que põe as regras mas passa à margem delas. As regras na Madeira são para afastar os patas rapadas enquanto outros são rooftop do Savoy. A elite que estragou a Pontinha, são os únicos a usufruir da zona internacional do senhor Rui Lopes. Nem para um bar com vista souberam usar essa porcaria de jardins suspensos, de ponta a ponta na Pontinha que não serve para ******* algum, só para tapar a vista e para as elites.

Quem faz asneiras na construção ganha dinheiro e torna o madeirense pobre e marginalizado.

Enviado por Denúncia Anónima.
Domingo, 8 de Janeiro de 2023
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