Os imprecisos convenientes


Quando se trabalha muito sem consequência pública.

M uitos partidos entregam cegamente a sua mensagem aos jornais que têm outros interesses. É da composição do inconveniente, do alimentar das confusões internas e do ridículo, que os mesmos caracterizam as forças partidárias para não terem credibilidade junto do eleitorado.

Os partidos regionais estão muito atrasados nas estratégias de comunicação, para muitos é uma vaidade aparecer nos jornais que os vão tramar. Quando um partido político decide confiar a sua mensagem aos jornais (ou até mesmo à TV regional), que têm alinhamentos marcadamente favoráveis a outro partido, isso pode levar a várias consequências:

1. Distorção da Mensagem: interpretação enviesada ou truncada, destacando intencionalmente aspectos desfavoráveis, subvertendo o contexto ou ignorando pontos-chave para beneficiar a sua linha editorial.  Comunicados onde os jornalistas escolhem o que sai pode resultar num efeito contrário ao pretendido. O foco seletivo tem escola na região, ou seja, omitir partes da mensagem que reforçam os objetivos originais do partido, enquanto ampliam trechos que possam ser mal recebidos pelo público.

2. Perda de Credibilidade: através da perceção pública, onde a base de apoio do partido pode achar a decisão como um erro estratégico ou uma demonstração de ingenuidade. É assim que se alimenta um dos partidos, gerando desconfiança interna, ao ponto de militantes, simpatizantes ou membros dos órgãos do partido podem questionar a liderança, por confiar em veículos de comunicação, que não compartilham os seus valores ou prioridades.

3. Redução da Efetividade: o partido perde o controle sobre como sua mensagem será apresentada ao público, o que pode resultar em menos impacto ou até um efeito contrário ao esperado. Assim, é natural o desalinhamento com a audiência, alguns nos jornais desta terra e na TV são exímios a desviar o público-alvo, para que quem recebe a mensagem gere rejeição ou apatia. Há toda uma trupe bem paga para isso.

4. Potencial para contra-propaganda: quando a mensagem em vez de integral para o leitor retirar ilações, a comunicação social amplifica críticas de forma subtil onde a publicação original se mistura com análises críticas ou contrapontos que diminuem seu impacto. Eu já vi humilhação pública, com mensagens descontextualizadaS, uma forma de ridicularizar ou deslegitimar o partido. Aos domingos então ...

5. Fortalecimento do adversário usando o tempo destinado a um partido para destacar a narrativa alinhada com outro. É triste mas acontece, usam o tempo de um partido como oportunidade para promover os valores ou programas de seus próprios aliados, aproveitando a visibilidade gerada pelo conteúdo do partido opositor. Esta estratégia, em vez de atrair novos apoiantes, o partido pode inadvertidamente reforçar a base eleitoral do adversário.

Cuidado com a neutralidade controlada que visa atrair gente com "luz própria", para emprestar credibilidade, mas que acabam com a mesma imagem do órgão de comunicação social. Trazer para a lama. 

A confiança excessiva em jornais marcadamente alinhados a adversários políticos, tende a ser uma estratégia de alto risco. É crucial planear cuidadosamente a comunicação e diversificar os canais para mitigar possíveis danos.

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo,  8 de Dezembro de 2024
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