O s prémios estão para as elites da Madeira como a satisfação da masturbação para o PAN. Começo pela conclusão. Sinto que a maior parte dos madeirenses não ligam nenhuma a estes prémios, porque não os acham sérios e porque são escravos desses prémios. Os madeirenses não foram compensados na hotelaria e esta decidiu-se por empregados baratos do Industão. Ou sejá, ganham prémios quando o serviço está pior. Interessante, não é? É muito melhor trabalhar na hotelaria do Reino Unido, Suíça, França, Dubai, etc, que não precisam de se colocar em bicos de pés para serem reconhecidas. Estou a falar do ponto de vista do funcionário hoteleiro.
Mas o que me traz aqui é mesmo o World Travel Awards (WTA), eu não acredito naqueles prémios. Meus senhores, a Madeira não é o centro do mundo, nem é o máximo e superlativo, é simplesmente uma ilha que participa pagando quando os outros não precisam desta forma de promoção. Meus senhores, pensem no dinheiro e clientela de muitos outros! E pensem no que se está a passar na Madeira!
Eu não acredito naqueles prémios, mas vou fazer uma análise factual e depois quem me lê que tire ilações. Vamos arrancar através de uma pergunta, a WTA é uma entidade idónea para dar prémios, não será prémios a soldo? Quem não paga para se candidatar ao prémio não ganha! Como é que se pode dizer que este e aquele é o melhor do mundo?! O que me diz?
A WTA é uma organização internacionalmente reconhecida, fundada em 1993, o seu negócio é dar prémios a excelência dos setores da indústria do turismo, hotelaria e aviação, que se candidata pagando. Os prémios são decididos através de votação, envolvendo profissionais do setor e o público. O modelo de votação, diz a WTA, são baseados em votos genuínos de profissionais e consumidores, o que, em teoria, deveria garantir imparcialidade. Foi uma pontaria a Madeira ganhar tantos prémios quando patrocinou a realização do evento no Savoy Palace.
Há reconhecimento global? Muitos líderes do setor valorizam os prémios por causa da visibilidade que proporcionam, geram notícias. Há grandes marcas a participar ativamente na competição. Mas, também há controvérsias e dúvidas. De algumas já falei. Por exemplo, inscrições pagas, para participar ou ser nomeado, o melhor do mundo, como já disse, parte de entidades que se registam e pode incluir taxas. Será que a designação taxa é a melhor? É por aqui que isso levanta questões sobre a imparcialidade, já que pode excluir empresas menores ou não interessadas que fazem parte do mundo e têm igualmente qualidade no seu produto e serviço.
Vamos por outro lado analisar o WTA.
Os Prémios Nobel não exigem que os candidatos paguem taxas para serem indicados ou considerados. O processo de nomeação e seleção é conduzido de forma rigorosa, sigilosa e independente, com critérios baseados no mérito e na contribuição para a humanidade. Em nenhuma etapa do processo, os indicados ou seus representantes são obrigados a pagar qualquer taxa para participar ou ser considerado. É justamente por isso que a independência e transparência do processo são fundamentais para a credibilidade do prémio, neste caso, administrado por entidades como a Real Academia Sueca de Ciências, o Comitê Norueguês do Nobel e outras instituições prestigiadas. Portanto, ao contrário de prémios comerciais como os WTA, o Nobel mantém uma estrutura livre de qualquer vínculo financeiro com os indicados. Os WTA têm um foco comercial, lucra através de patrocínios e eventos, o que cria dúvidas se certos vencedores têm vantagem por relações comerciais. É por isso que volto a dizer "foi uma pontaria a Madeira ganhar tantos prémios quando patrocinou a realização do evento no Savoy Palace".
Meus amigos, se isto é um negócio, não percebem a razão da "salamização" (aprendi no CM) dos prémios? O grande número de categorias e vencedores dilui a relevância e cria perceções de prémios a soldo. Eu não afirmo, porque não há evidências públicas de manipulação direta dos WTA, mas há coincidências, sobretudo a ligação financeira entre nomeações e participação pode provocar questões sobre sua total independência. Foi o que vim fazer ao CM. Questionar. Cada um que retire as suas ilações.
Quero terminar dizendo que o GR parece que vê estes prémios como uma salvação, a APRAM por exemplo, está atrasadíssima na implementação do Onshore Power Supply, a tecnologia que permite aos navios que desliguem os seus motores/geradores e se liguem à rede elétrica para obter energia, não poluindo o ar do porto e da cidade do Funchal:
O Melhor Terminal de Cruzeiros do Mundo em termos de Sustentabilidade é o da Madeira. A ‘shortlist’ incluia o Cruise Center Steinweder (Alemanha), Flåm Port (Noruega), Kai Tak Cruise Terminal (Hong Kong), Port Montreal (Canada), Porto of Copenhagen (Dinamarca), Porto of Kiel (Alemanha), Valleta Cruise Port (Malta) e Victoria Cruise Terminal (Canada), mas o Porto do Funchal levou a melhor. (link)
Meus senhores, então os que já têm o Onshore Power Supply a funcionar são piores do que a Madeira em termos de sustentabilidade? Pelo amor de Deus! Para o ano que vem apostem na sustentabilidade da ilha, para o gozo ser maior! Sempre ganham os que pagam e patrocinam? Os prémios são como as notícias do Mediaram?
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 24 de Novembro de 2024
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