N uno Batista, você não vive com parvos para ensaiar um "toda a praia continuará a ser de acesso livre", como uma grande dádiva, para que se permita o erro de construir nas dunas e limítrofes. Já pensou o que os mais antigos ponderaram para decidir assim no que quer alterar. Se a notícia é para ver a reação das pessoas, a resposta é que a sua vida vai mudar. O tempo anda esquisito, deve ser das alterações climáticas.
Afinal, os ensaios que temos visto para os mais poderosos, atiçou a cobiça e o salivar de outros desta elite que não respeita leis, regras e bom senso. A Madeira está a ser saqueada e ficará uma "buseira" se continuamos assim. NB, você é um instrumento do poder que existe, para assinar e levar com as culpas. É por esta razão que não há pessoas credíveis na política, elas horrorizam aqueles que querem dar o golpe. Tudo começou com a urbanização do Golfe, mas não chega, é preciso manter a estrutura a betonar como na Madeira. Onde é que vai ser a britadeira e o estaleiro?
NB, você é mais um que embevece com tacho e o ordenado, não percebe que é um pau mandado e um testa de ferro, comece a ler os "despachos", a ver se aprende alguma coisa a tempo, se acaso ainda se acha protegido. "Regras claras" é não mexer no PDM de 2000. Este não é um plano para o Porto Santo, é um plano para fomentar obras que vão dar cabo de tudo na Madeira e Porto Santo. Quando falam de acessos de 1000 a 1000 metros ao mar significa que vão urbanizar em cima das dunas, agricultáveis, quer queiram, quer não! Já tiraram o parque de campismo e agora vão "elitizar". O madeirense e portossantense já não contam.
O desaforo do NB está ao nível da Rafaela Fernandes na sua pesca de milhares de gaiados (com atum a caminho) para "produzir um estudo", na maior área marinha de proteção total da Europa, a Reserva Natural das Ilhas Selvagens, designada por expedição científica sem cientistas, mas com pescadores e armadores madeirenses. No seu caso não é para alimentar armadores de pesca e indústria de frio, serve para "estudar" com empreiteiros.
A Madeira está a ser "assaltada" a vários níveis e os madeirenses são uns babados que tudo permitem, ainda acham os "assaltantes de pelica" bem falantes, uns coitadinhos quando as pessoas se indignam e acusam com fundamento.
Não se estique para o Life Dunas na zona da Ponta da Calheta com 64.653m2, com área de recuperação da duna frontal (B); a área de revitalização agrícola (C); área de restauro do ecossistema dunar (D). No que eles pensavam antigamente...
Construir sobre dunas junto a uma praia pode ter vários impactos negativos, tanto ambientais quanto sociais e económicos. O NB vai atingir os três. Aquele porto foi mal localizado e tornou deficiente a recarga de areia. Esta intervenção na costa vai de novo ter influência na erosão costeira. As dunas atuam como barreiras naturais contra a erosão e protegem o interior da costa contra o avanço do mar, especialmente durante tempestades e marés altas. Oxalá a gula não se veja a descalçar nas fundações. A construção sobre as dunas altera a sua estrutura e impede sua regeneração natural, aumentando a vulnerabilidade da costa à erosão pela ação das ondas. Já perdemos areia com o porto, agora vão acabar o servicinho? Vão tornar a praia mais estreita e menos estável?
Pegaram nos estudos antigos que avaliaram a destruição de ecossistemas sensíveis ou vão fazer um à medida? Não interfiram na Biodiversidade, o Porto Santo não é grande...
Acho piada no atrevimento humano, as alterações climáticas são uma realidade e o ser humano continua a desafiar a natureza. As dunas fornecem uma barreira natural contra tempestades e marés altas, ajudando a amortecer o impacto das ondas sobre áreas costeiras habitadas. Aquela faixa que vão ocupar foi pensada para isso.
Já falei do porto, é uma interferência nos ciclos naturais de sedimentação. A construção fixa estruturas no lugar impede o movimento natural das dunas, interrompendo os processos de sedimentação e redistribuição da areia, essenciais para a regeneração das praias. Que coisa de somenos! O NB vai ter um futuro memorável ao dar a cara pela gula.
O que seria do Porto Santo sem a praia? Não falo dos acessos de 1000 em 1000 metros, falo do apelo turístico, as elites vão prejudicar a economia local a longo prazo. Depois de construído ninguém cede. Mas, e as dunas não serão também um microclima? Claro que sim, as dunas ajudam a controlar a humidade, o vento e a temperatura ao longo da costa, criando microclimas únicos (lá vai a pouca agricultura do Porto Santo). Se deixam de existir microclimas com construções em cima das dunas algo vai mudar... As elites que querem gozar da privatização de uma zona nobre, acabarão por tornar a área mais suscetível a ventos fortes, temperaturas extremas e mudanças na humidade. Não conseguem ser povinho e usufruir como todos fazem? Deixem o Porto Santo em paz!
Não é novidade para ninguém que a areia filtra a água que segue para o mar, é uma barreira que impede que poluentes e sedimentos entrem no oceano. A qualidade da água para banhistas e vida marinha vai mudar. O movimento natural das dunas pode comprometer a integridade das construções assim ao natural... e se houver tempestades sérias? Reflitam! É que nada se estuda nesta Autonomia, come-se com os olhos.
E voltamos à palavra mágica: sustentabilidade. Construir sobre dunas não é apenas um risco ambiental, mas também uma ameaça à sustentabilidade a longo prazo das áreas costeiras. As dunas são essenciais para a proteção da costa, a biodiversidade, o turismo e a economia local. Acabem com a constante interferência nos ecossistemas da Madeira e Porto Santo.
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 29 de Setembro de 2024
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