O chamado casamento do ano que ocorreu no Fanal tem levantado muita polémica junto dos chatos dos ambientalistas, apenas porque um dos noivos era filho de um alto quadro partidário da região. O que muita gente ignora é que, em agosto de 2024, aconteceu um casamento nas Ilhas Selvagens envolto num dos maiores segredos.
Como não podia deixar de ser, o blog mais lido pelos oito evangelistas do PAN esteve presente no tal casamento, mas foi impedido de publicar em tempo útil devido às restrições do segredo de justiça.
Como o crime de difamação já prescreveu, para a História fica que os 638 convidados partiram do Porto do Funchal a bordo do Lobo Marinho às 23H35 em direção às Ilhas Selvagens.
A meteorologia do IPMA apontava para vento forte de sudoeste e vaga de 4mt pelo que a viagem foi calma, com muita festa e copofonia, o Padre dos Canhas e os convidados cantavam “a maré está cheia e o barco não anda… eu quero passar, ai ai para aquela banda…”
Já passava do meio-dia (hora local) quando o Lobo Marinho chegou às Selvagens, sendo recebido com honras militares por um F16 espanhol com uma tarja onde se lia “se cambia Olivença por la mierda das Selvagens”.
Meia hora depois, o navio acostou no Cais 8 da enseada das galinhas que, segundo consta, foi construído de propósito para o evento.
Os convidados desembarcaram e foram surpreendidos por uma grande tenda de 1000mt2 montada no topo da ilha onde iria decorrer a cerimónia. Como o tempo era escasso, os convidados tiveram de se arranjar à pressa nas Casas de Banho binárias que foram montadas propositadamente para o evento. Um dos convidados, que tinha se sentido mal durante a viagem, perguntou à empresa de Catering onde podia cagar, ao que a organização ofereceu-lhe imediatamente um calhau para se limpar e apontaram para um buraco junto ao mar onde era frequente os guardas apanharem caranguejos.
Pelas 15H03 deu-se início à cerimónia religiosa que teve apenas um pequeno percalço porque, quando o Padre perguntou “Se alguém se opõe a este matrimônio, fale agora ou cale-se para sempre”, um dos convidados levantou o dedo, mas foi imediatamente atirado para o fundo do mar porque devia ser comunista.
Ao anoitecer e depois das selfies com as cagarras, os noivos anunciaram o início da festa com um menu de degustação que incluía “Lapas vintage Gourmet em vinha-de-alhos”, “um Ussuzukuri de Cagarra”, “Sushi de atum pescado à babujinha envolto em algas Gambierdiscus Toxicus”, tendo como sobremesa “ovos de Garajau com mel de cana”, tudo isto acompanhado com uma rara e fresca “aguardente de canas velhas de 1961” que custa 1500 euros a garrafa.
Pelas 23H30 deu-se início ao Rave com o som do DJ residente “panelinhas” com todos os convidados a dançarem freneticamente. Por questões de sigilo deontológico não vamos identificar nenhum dos convidados presentes, mas saibam que encontramos Miguel Albuquerque eufórico a dançar e a cantar o sucesso “…mas quem será… mas quem será… o pai da criança? Eu sei la, eu sei lá…” ... ao lado estava o ex sócio de trombas.
Quando questionado se a festa não podia gerar polémica, Miguel Albuquerque desvalorizou afirmando que não liga às opiniões de abutres e bêbados defendendo que “estes espaços são para usufruto da população”.