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Para fundamentar o meu texto envio duas partes, o link para a notícia e um link a confirmar o número de dormidas.
2023 foi o ano de todos os recordes para a região turística da Madeira, que registou mais de 10,9 milhões de dormidas, o que reflecte um crescimento de 13,6% em relação ao ano anterior, e proveitos totais na ordem dos 652,7 milhões de euros (+ 23,2%). (link)
N ão existe campos de golfe sustentáveis, existe narrativas e semânticas para dourar a pílula, a água tem que cair na relva para que esteja viçosa e verde, para além de muitos adubos para inquinar as águas dos lençóis freáticos da zona. Quando falamos de 10,9 milhões de dormidas o número diz-nos exatamente que existiu uma pessoa nesse dia a consumir. Numa média variável, temos 908 mil turistas ao mês em 2023 e vai crescer em 2024.
A sensivelmente a meio ano, por esta altura, a quantidade de seres humanos e suas exigências esgotam os recursos anuais disponíveis e a capacidade do planeta em se regenerar. No contexto de uma ilha, o efeito prático é pior, só disfarçado pela importação de mais e mais... A Madeira está em overturism. Não produzimos para este turismo, não tratamos as águas residuais para este turismo, não temos água potável para este turismo. As culturas dos produtos regionais estão a pique em contraciclo com o turismo. Chove menos, quando vem é de "tromba" e não retemos, as lagoas e barragens são a anedota dos comerciantes da construção, nunca acertam.
Os políticos falam de crescimento sustentável do turismo, cuidado com o engano, só falam na perspetiva comercial, dos amigos da hotelaria em faturar e que querem mais e mais no negócio, não estão a falar na natureza e dos recursos. Cuidado com essas bestas cegas e os Governantes que permitem esta loucura: Eduardo Jesus, Rafaela Fernandes e Miguel Albuquerque. O Amílcar Gonçalves das águas, fora das eleições não fala.
Outro pormenor, requalificar e edificar novas estruturas para a água, dão ótimas faturas para as obras, mas se não há água ou não retêm, valem zero. Cuidado com as justificações das obras tal como o "crescimento sustentável".
No ano passado, no Algarve, deu-se o caso de particulares ficarem sem água e andarem a regar os campos de golfe. Devemos tomar isto tudo como exemplo. No concelho da Calheta, antes do que o previsto (as alterações climáticas vão a esse ritmo) começou a faltar água quando o campo de golfe da Ponta do Pargo ainda não existe, um negócio imobiliário infraestruturado com essa megalomania do GR, para que as pessoas da zona abandonem a agricultura sustentável para jogar golfe com as enxadas. Quando existir campo de golfe imagino o caos, isto vai para pior, as pessoas vão beber bolas perdidas.
As elites são totalmente egoístas, e podem ter a certeza que a última coisa que vai faltar a água será o campo de golfe da Ponta do Pargo, porque é uma questão de honra não dar o braço a torcer em mais um erro colossal. Isso define-se com a relva castanha.
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 4 de Agosto de 2024
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