Madeira conta com um novel partido: Partido dos Leopardos que Comem as Faces do Povo


A pós terem recolhido mais de 20 mil assinaturas, foi constituído na Madeira, um novel partido: Partido dos Leopardos que Comem as Faces do Povo, abreviado para PLCFP. Era visível o entusiasmo por este partido nas redes sociais com inúmeros "likes", um fenómeno que deixou muitos dos investigadores sociais e políticos perplexos.

A primeira medida deste partido foi adoptar como mascote o lince que tanta polémica causou nas redes sociais. O partido diz que a Madeira é o seu habitat natural. Afinal os madeirenses executaram este meme na sua perfeição durante quase meio século, argumentou o líder.

Um dos jornalistas questionou se o partido não era um meme transposto para a vida real, pelo qual o líder deste partido refutou: "Se outros partidos singram como o chega que é uma cópia contrafeita do partido republicano dos EUA vinda do temu, porque nós não? Ao menos somos honestos, dizemos, desde antemão, ao que viemos".

O partido deu a conhecer parte das medidas que propõe, caso vença as eleições, como a de legalizar a compra de leopardos e outras espécies de felídeos. Através de um donativo ao partido, estes garantem que o animal em questão está apto para conviver com o ser humano e domesticado. O partido diz não estar preocupado pelo coro de criticas que recebeu após divulgar esta medida e que tudo não passa de uma cabala de invejosos.

O partido promete incentivar a construção do imobiliário de luxo e de mais alojamento local, fazendo de tudo para que não se desvalorizem, para continuar na senda de sobrevalorização e assim contribuir para que o 1% dos madeirenses continue a lucrar cada vez mais, extrapolando os seus ganhos com um maior crescimento do PIB.

O partido não acredita que se deva investir na habitação social ou pública, argumentando que essas verbas podiam ser destinadas para a construção de infra-estruturas rodoviárias e afins para assim valorizar, ainda mais, as das de luxo e do AL, o partido também especificou que se construísse habitações para os madeirenses especialmente nos sítios em que irão ser construídos os mamarrachos de luxo previstos, estes últimos iriam se desvalorizar e assim prejudicar o negócio quer dos 1% como dos estrangeiros, além de causar certo incomodo aos estrangeiros pela poluição visual ao ver os nativos em redor destes edifícios.

O partido conta com estimular o "overturism" para que o turismo sofra mais do sucesso, com a contratação de vários influencers com comportamentos de risco para a sua promoção turística, como de mais voos low cost, e para a criação na hora de mais rent-a-cars, tudo para bem do povo, contribuindo assim para o consumo interno, inflacionando os preços dos bens e serviços, ou seja, sendo positivo para o crescimento do PIB, alega o partido.

Prometem privatizar a EEM, o SIGA, como também o SRS, pois o partido julga que se entregassem aos oligarcas, estes tornar-se-iam mais eficientes com uma melhor gestão e deram o exemplo dos CTT e do Atalaia Living Care. Além do mais, alegam que, mais tarde ou mais cedo, isso será uma inevitabilidade, logo seria mais apto ser este partido a dar o coup de grâce. Ao menos teria uma certa graça.

O partido também propõe a legalização da prostituição, alegando que a intelectual é prostituída há muito tempo sem consequências, mas que a física tem sido discriminada.

Outra medida é a criação de uma imunidade gold, através da compra de um imobiliário no valor mínimo de 500 mil euros, o comprador passa a ter imunidade e carta branca para fazer o que lhe der na gana, sem sofrer a "dura lex, sed lex".

Uma medida que irá dar que falar, é a dos pais que se encontrem desempregados, estes terão de por os filhos a trabalhar para pagar a creche, como do ensino primário até ao secundário. O partido salienta que acabou a mama -literalmente e metaforicamente- para as crianças, estas não podem tomar os vícios dos pais e se tornarem nuns subsidiodependentes. O jornalista ficou meio assustado, e questionou: "Para serem moços de recado? Isso não iria colocar em risco a nossa profissão?".

Outra proposta é a de retirar o salário mínimo regional, pois coloca imensa pressão sobre a maioria dos nossos empresários, especialmente aos hoteleiros que mal conseguem obter lucros com estes custos do trabalho, e premiando estes pelo seu hercúleo esforço com uma baixa de IRC para um valor final de 0.0001%.

Para aumentar consideravelmente o salário médio da região, o partido propõe aumentar os salários por valores entre os 300% a 1000%, dependendo da importância do cargo, a todos os seus militantes que irão ser colocados na função pública à confiança política. O que serão muitos, logo prevêem que a Madeira passe a ter um salário médio muito superior ao do Continente.

Finalmente, para tornar o rali mais atractivo, visto que está cada vez mais anacrónico e sem interesse, o partido propõe o Rali Vinho da Madeira passe a ser uma espécie de "Death Race". Os percursos serão todos eles em zonas residenciais, vencendo o condutor que obtenha mais pontos ao atropelar os pedestres como no filme "A Corrida da Morte do Ano 2000". Assim, os queques podiam trazer cada bólide mesmo que não sejam aptos para a região, até certos Bentleys. Este evento irá também contribuir para o crescimento do turismo, pois como será polémico e viral, irá chegar ao topo das trends nas redes sociais, logo terá uma grande audiência. A máxima pontuação é dada aos condutores que colham os ambientalistas que tentem protestar no acto. Além do mais, o partido salienta os impactos indirectos positivos pois reduz as listas de espera quer tanto na habitação como na saúde, para além do crescimento exponencial de dadores de órgãos involuntários. O jornalista estupefacto perguntou ao líder: "Mas com estas medidas não estávamos entregues a bicharada?". Ao que o líder retorquiu: "Mais um surpreendido? Já não estamos?". 

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 4 de Agosto de 2024
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