AL/ massificação: os jornais não falam da insustentabilidade


C uriosamente ou não, as capas dos dois jornais madeirenses de hoje fazem referência ao alojamento local. Parece-me que o Correio da Madeira começa o debate e os dois jornais (JM e DN) aproveitam a dica e toca a produzir notícias.

Como já não sou assinante do DN há muitos anos e deixei de o comprar, só vou lendo os títulos na NET, portanto o pagamento de 3,3 milhões de euros de água pressuponho que é para dizer que o alojamento local até rende bem às câmaras. Obrigada. Rende às câmaras, mas é menos um recurso para os residentes (vejam o que se passa no Arco da Calheta). 

Relativamente à notícia de que vão ser promovidos outros locais menos concorridos, quero que vão se lixar numa parede bem crespa. Eu gosto de ir passear pelas serras, gosto de fazer levadas. Desde 2018 deixei de fazer as 25 fontes, a levada do alecrim, o caldeirão verde, entre outras. Deixei de fazer porque não gosto de andar numa levada sempre a me desviar de pessoas. Também não gosto de deixar de sentir o cheiro da serra, não gosto de ter deixado de ouvir o silêncio e os pássaros. Optei por isso por fazer outras levadas menos concorridas. Mas se agora vão mandar para lá os turistas, o que me resta? Nada. Ou seja, eu como residente vou deixar de usufruir das minhas próprias serras e levadas, só porque um paspalho qualquer achou o máximo a abertura do aeroporto às companhias low cost

O governo já perguntou aos Santacruzenses o que acham de mais aviões? Já fez um estudo sobre o aumento da poluição no ar e na terra (os navios também são altamente poluentes), principalmente em vias que não foram feitas para tanto trânsito? Não. Não fez. E se fizer, será bem encomendado, para dizer que está tudo bem. 

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 29 de julho de 2024
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