Queimaram a comunicação social e agora vão querer ser blogues?


O DN e o JM ainda são algo diferentes. No JM, um jornalista subiu à administração, o que prova que já estava intimamente ligado ao poder económico e político mas não à qualidade da Informação. As duas águas devem estar bem separadas no órgão porque assim deixa de haver informação idónea, quando a notícia é em função do lucro. Não se dá, não se melindra, ajuda-se quem paga, damos um destaque junto com a publicidade paga de borla, estando ou não deontologicamente certo! A notícia é publireportagem, a publicidade substitui a área da notícia (se o título for infeliz a notícia passa a publicidade), o expediente domina a notícia, há a mais completa falta de lucidez perante a torrente de exigências e autocensuras.

Portanto, de Jornalista a Administrador é uma evolução anti-natura, mostra que está preparado pelo que fez no Jornalismo para encaminhar a informação para o lucro. Há objetivos de agradar sem qualquer independência, ligado aos objetivos cegos do poder, dê por onde der, até porque o poder paga.

O DN já tem um pormenor de maior preciosismo, tudo o que o poder fizer vai pagar o diretor, que terá naturalmente virtudes e defeitos como todos, mas onde se salientarão os negativos induzidos pelo poder. O senhor Sousa respondeu na Comissão de Inquérito sobre o jornalismo que se pratica no DN, a primeira coisa que fez foi mandar a responsabilidade para os jornalistas. Que chico esperto, as páginas que o bajulam deve ser iniciativa deles, não imposição sua. Uma notícia Sousa arde leitores.

Se existe o Grupo Wagner na CMF, digamos que há um elemento preso algures na Rússia que se der 6 meses de luta na Guerra é-lhe perdoada a pena. Tem salvação, mas tem de acabar vivo ou desertar para o lado ucraniano mas parece que as vias de abastecimento tem mísseis apontados. Tanto departamento comercial como o editorial não podem fazer milagres com os comentadores propostos, as notícias de assessores, os compromissos do MediaRam, os objetivos dos proprietários Sousa, Farinha e do PSD, a bajulação a queridos ou apostas. Enfim.

O Diário de Notícias está a fazer um inquérito com respostas fechadas (link) para perceber o que pode fazer. Tem muitas perguntas para ver uma solução que dê a volta ao problema, justamente o que não foca: não são independentes e Sousa + Farinha com a comunicação social é como lobos no galinheiro, ora em favor do poder ora usando o meio para pressionar o Governo. Há demasiados fretes, não há contraditório e marginalizam quem o faça, publicam propaganda que são "verdades manipuladas", há agendas para promoção de secretários e outros membros do Governo. Dão as notícias boas mas evitam as más, às vezes estão a dar a notícia e devem saber que é abusivo, mas ninguém corrige, sai e logo se vê. Há polígrafos ridículos onde não lhes é permitido concluir, há cada vez mais "imprecisos", como o do valor da Marina do Lugar de Baixo (link). Até o polígrafo tem saída airosa, já não é sim ou não.

Os jornalistas deveriam responder a um inquérito para avaliar a deontologia, os que fugiram para assessores (link), os que fazem assessoria dentro da comunicação social, aos emissários de políticos, os fanáticos partidários que escrevem em seu favor. Aquela página de Sábado do bom, mau e energúmeno é veneno.

Não há volta a dar enquanto o jornalismo não for focado na notícia e na investigação, que produza resultados e consequências numa Madeira cheia de máfias e esquemas. O DN nunca se viu na situação, mas caminha para a imagem chapada do antigo Jornal da Madeira e claro do JM atual. Aliás o grau de degradação é mais acelerado com o brinquedo novo nas mãos do poder, um sonho de sempre. Nada disto é desconhecido por quem lá trabalha, mas quem pode dizer a verdade? Por isso fazem um inquérito para descobrir como dar a volta mantendo tudo como está, alguns vivem tempos áureos e outros sofridos. O DN já joga igual ao GR. Ter o Presidente da Assembleia, amigo do Sousa, aldrabão político (é só ver no Youtube o antes e depois de estar coligado), a dizer que é preciso ler a informação oficial que lhe convém, para se manter no tacho, mata mais do que salva. As pessoas perderam a credibilidade!

Quem salvou financeiramente jornalistas e os órgãos de informação são os mesmos que inviabilizam a credibilidade da Informação. Mostra que o mercado é pequeno para tantos órgãos (apesar de reconhecer que deve haver dois jornais diários). A piada disto é que um ferry é viável para ligar a Madeira ao continente, mas foi sabotado para não mostrar a sua utilidade e evitar a concorrência, contudo, já para futebol profissional e comunicação social, para controlar o pensamento das pessoas e ter entretenimento, aí já temos mercado e economia, com a mãozinha do Governo.

O poder para se salvar mata tudo, até há cada vez menos madeirenses para ler jornais, qualquer dia têm que fazer a edição em russo para os clientes do proprietário dos matutinos. Os madeirenses leem imprensa nacional, blogues (link), pesquisam, se calhar perguntam ao chatGPT, já repararam que até ele destrói uma comunicação social de regime?


Enviado por Denúncia Anónima.
Sábado, 25 de Março de 2023
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