Os autoexcluídos


23-3


Quero dar os meus parabéns ao Sérgio Gonçalves!

Não deve ser fácil ter de aturar a geração que, dizem eles, «ninguém consegue apagar». A geração daqueles que, ainda com dentes de leite, acompanharam o crescimento do PS maioritariamente sustentado numa outra geração completamente diferente, de pessoas competentes, com experiência profissional e sindical, duas coisas que não transbordam nesta nova geração de wannabes políticos sem passado que os recomende.

A lista, essa, chegou-me às mãos através de alguém de um partido completamente diferente. Se foi feita por alguém dentro do PS e saiu, ou se teve o caminho inverso, o certo é que chegou deliberadamente aos jornalistas e teve o condão de tirar da toca todos aqueles que ambicionam passar os próximos quatro anos na casa de loucos que é a Alram.

As reações seguiram-se em catadupa:

[NOTA: Imagens 23-3 24-3 25-3 27-3]

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O ponto comum entre todos eles? Cresceram na política, não se veem a fazer outra coisa diferente. Contribuir para a Região? Setor privado? Aquele conforto que corre nas veias de muitos dos tachos vitalícios no PSD, corre também nas veias de muitos daqueles que ocupam os lugares na oposição. Os partidos mais pequenos ocupam esses lugares com os conhecidos salta-pocinhas, os tais que saltaram da JSD para outro partido, porque perceberam que não havia tachos para tanta gente no governo. O PS, pela estrutura nacional que tem, apesar da falta de grandeza e militância a nível regional, tem uma juventude que alimenta o partido e que é cada vez mais gananciosa no que à ocupação de lugares remunerados diz respeito.

Seria talvez de perguntar o que fez esta juventude para merecer tantos lugares. Competência? Não se conhece. Trabalho? Não se conhece. Atividade da estrutura? Nada. A JSD anda pelas escolas a tentar militar tudo o que se mexe, convida estudantes e comemora efemérides. A JS faz… Abusos laborais na Europa?

No meio disto, estes jovens não percebem a mais trágica das verdades: ninguém os quer ali. Os eleitores estão fartos de carreiristas na política, querem gente com sangue na guelra, gente com saber e vontade de trabalhar. Querem gente que não seja mais do mesmo. Ao se fazerem à lista, com ameaças veladas de revoltas internas, só demonstram ser aquilo que o povo não quer. Nomes que Sérgio Gonçalves, se for inteligente, vai descartar.

Como dizia alguém nos comentários do CM: nenhuma lista será consensual. Qualquer lista, seja de que partido for, “estará sempre condenada a não prestar”. Porque haverá sempre gente que queria estar lá e não está e fazem campanha negativa e, no extremo, saltam para outra pocinha. Falem com o Francisco Gomes, ele sabe do que eu estou a falar.

Enviado por Denúncia Anónima.
Quarta feira, 29 de Março de 2023
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