A Lista: A Hora de Burro do PS


A hora de burro do PS Madeira não tem fim e está mais do que visto que Sérgio Gonçalves arrisca-se a ser o cangalheiro do PS. Sérgio Gonçalves foi eleito em 2019 nas listas do PS como independente, como prémio de compensação depois de perder as eleições para a ACIF devido à sua colagem a Iglésias e Cafôfo. Até hoje, há quem continue convencido que foi a sua inclusão nas listas que levou o PS a perder as eleições de 2019, com a imagem de colagem aos Donos Disto Tudo, confirmada na fotografia do célebre almoço entre Iglésias, Cafofo e Sousa.

Não satisfeitos com o resultado, houve quem achasse boa ideia meter Sérgio Gonçalves à frente do PS e o resto é o que se vê. Os resultados estão à vista de todos. Não é com cartazes, panfletos e flores que Sérgio Gonçalves vai mudar a imagem de marca que tem entre os madeirenses, aos olhos de quem continua a ser o rosto dos DDT na oposição, o que explica o crescimento do JPP e a desgraça do PS nas sondagens.

Não só é a pessoa errada, como a estratégia é ainda pior. Sérgio optou por tentar ganhar relevo através dos jornais nacionais, que ninguém lê, numa campanha organizada via DN que não tem qualquer impacto regional e muito menos local. Meteu-se na SEDES e ouviu na fila da frente Álvaro Beleza elogiar o PSD, mensagem que reforça hoje no DN Madeira. A Comissão de Inquérito foi o desastre a que todos assistimos em direto, com total impreparação da oposição, acabando com Sérgio Gonçalves à defesa ontem à noite na RTP Madeira, numa tentativa frustrada de limpar a imagem, que acabou com comparações com Adolfo Brazão, que ninguém conhece, e colocando-o muitos níveis abaixo de Albuquerque. Em desespero, foi buscar os Miras ao CDS, que não acrescentarão um voto que seja ao PS. Como se isso tudo já não fosse mal que chegasse, caiu na esparrela de discutir listas com quem sabe que a melhor forma de pressionar é colocá-la na praça pública. É uma espécie de penúltimo ato de Sérgio Gonçalves, antes de ser ostracizado nas próximas eleições regionais e ter de sair logo depois.

O que nos diz a hipotética lista de Sérgio Gonçalves sobre o que resta do seu tempo como líder do PS?

  1. Confirma o desaparecimento em combate da dupla Cafofo/Iglésias, preocupados com os seus próprios voos e abandonando Sérgio Gonçalves à sua sorte.
  2. Promove Rui Caetano para o lote de catedráticos indispensáveis do PS, juntando-o a Avelino Conceição, Victor Freitas e Jacinto Serrão, que, custe o que custar, aconteça o que acontecer, mantêm o seu lugar eterno de sustento único no Parlamento Regional. Andam no PS há mais de 30 anos e vão-se sempre aguentando, por pior que sejam os resultados e as circunstâncias, porque a culpa é sempre dos outros. Quantos votos é que esta gente vale junto dos madeirenses? Nem o deles!
  3. Reserva um lugar para uma independente mulher e ignora as Mulheres Socialistas, ultrapassadas por vedetas externas. É caso para dizer que não aprenderam nada com o exemplo de Paolinelli, que durou meia dúzia de meses na Assembleia.
  4. Ignora Miguel Gouveia no Funchal e promove um trio de amigas que ninguém conhece: Andreia Caetano, Isabel Garcês e Énia Freitas.
  5. Promove derrotados autárquicos insignificantes, como Gonçalo Aguiar, Miguel Brito e Mafalda Figueira. No caso de Olga Fernandes, o caso é ainda mais grave: já não serve para vereadora, mas continua a servir para deputada.
  6. Inclui um paraquedista do CDS, o mira Jesus Santana.
  7. Exclui quem tem valor próprio, como Élvio Jesus e Elisa Seixas, provavelmente por terem incomodado demasiado os donos do regime. Sobra Sílvia Silva, que apesar dos episódios de plágio parece manter as costas quentes.

O PS caminha para o abismo e depois vem uma desgraça sem fundo. Ninguém vai impedir isto e colocar um fim à hora de burro que vai entregar-nos a mais 50 anos de PSD?

Enviado por Denúncia Anónima.
Quarta feira, 22 de Março de 2023
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