Sondagem: PS perde 4% e Chega ganha 4%. PSD fica na mesma.



É só prestar atenção para verificar que por essa Europa fora os partidos tradicionais estão em crise e é preciso que os seus lideres acordem, senão seguem o caminho do CDS. Todos eles, no seu íntimo, tratam com desdém os pequenos partidos, como se servissem só de muletas para as suas necessidades. Depois eles crescem e os partidos tradicionais acham algo passageiro. Nas eleições seguintes, eles voltam a crescer e nada volta a mudar. Acontece de novo eleições e a situação altera-se radicalmente.

Partidos como o Chega crescem não por serem idóneos, porque ninguém faz fé em trauliteiros sempre de candeias às avessas e porque os seus quadros são paupérrimos, o Chega é um partido de "vingança" eleitoral de muitos eleitores saturados e indignados, porque a vida é sempre a descer, por mais que trabalhem. A cegueira é esta.

Não sei o que poderá acontecer na Madeira, porque o PSD é um partido sui generis que conhece as fraquezas do povo, sabe ludibriar os pobres que cria, sabe comprar oposicionistas, sabe dar um afago nos irritados, sabe dar "prémiozitos" que substituem o verdeiro reconhecimento do mérito com vencimentos e oportunidades para prosseguir a mediocrização da Função Pública e da Classe Política vigente. Por não haver fiscalização e instituições a funcionar, o PSD gere como bem entende o dinheiro público para fazer com ele política partidária. Paralelamente faz o seu negócio de enriquecimento de meia dúzia com os governantes pivots na sombra.

Outro facto sui generis desta nossa aldeia democrática é a válvula de escape que faz emigrar quem não está bem e que torna abstencionista quem não concorda com nada disto e está indignado. É evidente que há mutações senão o PSD já teria perdido, mas este partido sabe manobrar onde falha.

Agora vamos à "vaca fria", o ICS/ISCTE fez uma sondagem para o Expresso e a SIC, mais de metade dos portugueses consideram que o desempenho do Governo é “mau” (35%) ou “muito mau” (13%). Apenas 1% respondeu “muito bom”, enquanto 41% consideram que o desempenho é “bom”. O arranque da maioria absoluta foi péssimo e displicente, sentem que há tempo, mas o que aí vem de crise aguda vai adicionar mais tempo e o mandato vai ficar curto para se tornar positivo, por mais dinheiro que haja e subida de rendimentos, a crise vai engolir tudo com a perceção das famílias a ser de que tudo está pior pelo custo de vida (inflação), taxas de juro, a carestia das casas e combustíveis, etc. E nem falo da Guerra! Os populistas vão crescer. Como na década de 30 do século passado que precedeu à Segunda Grande Guerra.

A sondagem, curiosamente, mostrou três realidades, o PS cai 4 pontos, o Chega ganha 4 e o PSD fica na mesma, não capitaliza, apesar do líder mais trauliteiro assessorado pela maioria da comunicação social. Parece que o PSD tem eleitorado fixo mas não cresce, não faz diferença que seja Rio ou o Montenegro, o PSD é mesmo tradicional e parece o PCP. Eu diria que o PSD começa a pertencer aos tais partidos tradicionais que não arrepia caminho e é ultrapassado pelos novos. O resultado da maior abertura e logo credibilização do Chega por parte do PSD é que não capitaliza o que o PS perde. O PSD não é alternativa ao PS.

Aqui na Madeira, o PSD há muito que está cristalizado, mesmo modelo, mesmas famílias e DDT, mesmas atitudes políticas e governação, o que o safa é trocar madeirenses que emigram por luso-descendentes que caem na conversa do bandido. Se continuar assim, a Madeira será um case study de um lugar onde a xenofobia recaiu sobre os naturais porque o seu governo importou gente para votar.

Mas, e se o povo acorda e deixa o abstencionismo e os emigrantes deixam de votar em quem os expulsa? Por isso vemos as procissões ao estrangeiro? Vivem melhor e aceitam os carrascos da sua terra? Acordem. A realidade pura do PSD é a sondagem em Lisboa.

Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta-feira, 30 de Setembro de 2022
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