C omo já estamos habituados, a censura da Madeira tenta esconder as negociatas que se fazem. Os jornais do regime são controlados por quem manda, e por isso as notícias más que tocam aos donos disto tudo desapareceram. Foi notícia na imprensa nacional (link) que o vereador que acompanhou Cafôfo durante dois anos, e Miguel Gouveia durante 4 anos, que aprovou o PDM, respectivos instrumentos urbanísticos e licenças que escancararam a porta ao mega projeto Dubai Madeira e alguns meses depois aparece como projetista contratado da obra. Mas na comunicação social madeirense, nada. Nem na RTP-M, cada vez mais irrelevante.
Como disse o colaborador do CM que opinou sobre o caso (link) quando diz que "Esta promiscuidade trasanda a caso de polícia e a actuação do ex-vereador da CMF e actual arquitecto do Dubai tem tudo para ser um crime de corrupção". O comentarista desse texto, que parece muitíssimo conhecedor do processo, não pode tirar as responsabilidades de Gouveia, como pretende.
Se Gouveia, como diz o comentarista, não escolheu Bruno Martins para a equipa que levou às eleições, porque já saberia que Bruno Martins trabalhava com Avelino e Custódio enquanto aprovava os processos da dupla de empresários, só tinha de retirar-lhe os pelouros e a confiança política, para que este não continuasse a prevaricar, fazendo queixa imediata ao Ministério Público.
O comentador-defensor de Miguel Gouveia, que parece ter informações privilegiadas sobre o assunto, não pode tirar Gouveia do lamaçal quando é ele próprio a sugerir que Gouveia sabia de tudo, e nada fez.
Em qualquer parte do mundo isto seria um escândalo. Na Madeira não existe, só o CM furando o bloqueio. E mesmo assim há quem queira desculpabilizar quem saberia do caso e não impediu. Precisamos mesmo duma revolução pois PS e PSD é tudo igual.
Nota do CM: o autor disse "colaborador do CM", aqui não há colaboracionismos, a plataforma é livre e, qualquer pessoa que designamos por "autor", pode escrever. É bem mais interessante se discutir conteúdos do que a habitual tentativa de atingir pessoas. É a dialética da Opinião Pública, com leituras políticas, de interesse imobiliário, de valorização e desvalorização do seu investimento por conta das obras dos outros, etc. Do que nos é dado a apreciar, felizmente, o CM vai muito além da política e, de facto, nascemos para que a Opinião Publica tenha palavra sem medo. É preciso mais escrutínio. Volte sempre, era só esse reparo.
Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda-feira, 1 de Agosto de 2022
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