O secretário "cai a pique" tem mais uma proeza: o vinho Madeira


O "cai a pique" e o "massifica".

Q uem diria, o Vinho Madeira está em risco por causa das obras, da especulação imobiliária, terrenos e Vistos Gold. Queixa-se portanto o Blandy do seu sócio Farinha, mais uma anotação para o senhor Humberto o "secretário cai a pique". Portanto, renovando, a castanha cai a pique, a anona cai a pique, a pêra-abacate cai a pique, a cebola cai a pique, a cereja cai a pique, a Banana vai a pique e o Vinho Madeira a caminho vai. O que se vê é falta de regras para os senhores das obras, falta de estratégia do Governo Regional, falta de preservação da identidade regional. Qualquer dia nem "madeirense" se falará na Madeira. Escrevam! Mas isto já é matéria do senhor Carvalho, outro "secretário cai a pique". E o senhor "ai Jesus" se continua massificar e a não meter limite nas camas não vai ter Madeira para nada!

Então narra assim o senhor Francisco Albuquerque (link), obrigado pelo seu testemunho sem papas na língua noutro jornal do continente, bem longe daqui porque não ia cair bem ao Farinha:

Neste momento estamos a atravessar um período muito preocupante. Temos uma enorme pressão demográfica sobre os terrenos agrícolas. Há muita gente a investir em casas de férias, sobretudo gente com os visas gold, que chegam aqui e compram terrenos por valores incríveis. Está a perder-se terreno de vinha", alerta.

A concorrência "desleal", diz, é "também um problema social" difícil de resolver. "Estão a vender-se terrenos com vinha a meio milhão de euros!" O sorriso que manteve enquanto percorremos as adegas quebra-se. "E quem sou eu para chegar a um agricultor e pedir-lhe que não venda, que continue a produzir uvas. Chega lá um estrangeiro e bate-lhe 500 mil, 600 mil, 700 mil euros."

Se a "valorização louca e os valores incríveis" oferecidos por estrangeiros são difíceis de travar, mais "complicado" - até porque "são de cá" - é a "valorização dos terrenos com a volta dos emigrantes, que começaram a ocupar aqueles terrenos que tinham deixado em procuração. E começam a construir no meio das vinhas. As casas vão crescendo no meio das vinhas como cogumelos. A pressão urbanística é enorme".

Aos estrangeiros, regressos e "hotéis" junta-se também "a concorrência da banana, que é "muito rentável" e, ao ocupar terrenos, "tem empurrado a vinha para cotas cada vez mais altas". "Tínhamos muita vinha ao nível do mar. Neste momento ao nível do mar só há hotéis. Tínhamos depois a cota dos 200 metros, mas agora é só bananeiras, sobretudo na costa sul. Ficámos com a costa norte, mas até essa está a ser assediada.

A construção não trouxe desenvolvimento humano à Madeira nem os vencimentos aumentaram. O Vinho Madeira começa a pensar que está na linha do que sucedeu ao vime e bordado. Senhor "secretário cai a pique", e o concurso da Estrada das Ginjas mais um erro no meio desta bagunça.

Enviado por Denúncia Anónima.
Segunda-feira, 20 de Junho de 2022
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