O madeirense que não cresceu

 

Todos são o máximo, a cada vez, em dias sucessivos e até tem Savoy Palace.
Primeiro com o dinheiro do Turismo, agora com o dinheiro do Turismo.

N ão tenho dúvidas de que a Madeira está a passar por grandes transformações, uma parte foge, a outra fica sem mais remédio e há uma boa parte que não se dá conta de nada. Convencidos do cantinho do céu artificial, da sua superioridade, de cada vez menos pão mas com toneladas de circo. O madeirense está a ser escravizado na sua terra, a pagar mais impostos do que qualquer português para cobrir dívidas, tem dos vencimentos mais baixos fruto das opções e modelo em obras (construção) e hotelaria, as regalias sociais são ameaçadas de corte; passear na sua terra vai ser pago; os serviços públicos estão a ser privatizados, o que na saúde é grave para a pobreza que temos. A segurança social está politizada, apoio só se fores do partido ou desculpe, porque é verdade, mira; a imensa máquina disfuncional da segurança social que perdoa ricos decide arranjar mais sedes partidárias com a fórmula IPSS; a imensa dívida é maquilhada com superavits; a nova dívida é uma boa ação do governo para se precaver... quando gasta tudo a sustentar amigos, monopólios, oligarcas e de outras coisas ainda mais incríveis que ninguém nota. Temos o pior governo de sempre, atrevido, mentiroso, aldrabão, doloso, premeditado, um balão de propaganda, ninguém se manifesta, até na oposição com uma conjuntura destas, porque eles ganham bem, o resto que se lixe. Todos grandes representantes, salvo raras exceções.

E, apesar de todas as evidências, temos uns "seres superiores" que mostram como numa maioria estúpida não há ensinamento que valha porque desejam mesmo estar assim. Basta passear pelos comentários das redes sociais e verificar que quem tem cabeça assente e diz verdades é enxovalhado com frases feitas de ignorância e de novo atrevimento, soluções dos pobres de espírito e alheados da vida, presos aos fait-divers e aos enchimentos inúteis da cabeça: inveja sobre ladrões, quengas de milhões e hobbies de ricos com dinheiro público; sobre aqueles que passeiam de borla com dinheiro público no governo regional e das falsas promoções; daquilo que dizem ser má-lingua porque é verdade e desmorona os fracos alicerces da argumentação; os insolentes ignorantes que não atingem a sua condição, a torrente de propaganda cega que acham notícias, um orgulho no errado confundindo a Madeira com os interesses que a empobrecem; é a comichão meter influencers parasitas da treta no seu lugar quando os outros pagam tudo, é por isso que a classe média está exterminada e vem aí mais "morte".

O madeirense tem o prazer sádico de eliminar quem lhe é favorável em benefício de quem o rouba, insulta e engana, bastando para isso se aproveitar das suas insuficiências e limites no alcance das coisas como são. Pudera, andam sempre anestesiados com eventos, que não são obra do acaso, o comércio básico de toma lá dá cá é a única coisa que pode dar dinheiro, o resto são teatros do Albuquerque, que até tem cabeça e quer pertencer a outro campeonato mas que participa na chafurdice de manter o povo ignorante para garantir votos estúpidos.

Sabem porque faltam empregados? Não é por regalias sociais porque são miseráveis para o custo de vida que temos. A resposta está no Inverno Demográfico e na emigração expressa nos censos, a Madeira é de meia dúzia que vive na gosma do Orçamento Regional, o resto não conta e sai. O madeirense nasce... lá fora e já não conta. Se tiver juízo.

O problema da Madeira é da teia promíscua e de corrupção que foi montada? A resposta fácil seria sim, a difícil é não. A resposta está na população que quer ser estúpida e feliz, dos ladrões que alimentam o alheamento. Não temos jornalismo. A culpa é dos que sabem tudo e nem precisam de ler, até sabem tudo para comentar e responder sem ler. O madeirense permitiu que montassem uma Democracia Ditatorial onde o poder económico é dono da democracia. Mas eles felizes e contentes, ninguém se envergonha ser propriedade dos DDT. O resto emigra e os que emigram deveriam ter vergonha de receber este bando de ladrões de sonhos e ambições quando andam pela diáspora. Afinal sabem onde anda o inverno demográfico. Acordem. Numa Madeira cheia de problemas, arranham-se em discussões pueris de futebóis, jet7 e idiotas promovidos a estrelas.

A negação disto tudo é a morte lenta.

Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta-feira, 16 de Junho de 2022
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