O enterro político


Felizmente tem lenços de papel à mão.

A Sala de Espétaculos, como é conhecida em surdina a ALRM, tinha muita gente a observar como a casa tinha uma agenda de shows maior do que a DRC de Eduardo Jesus ou do Teatro Municipal do Funchal, que agora baixou o ritmo, depois da gestão de Miguel Gouveia, nem uma formação de assentamento de blocos para os bricolage lá de casa, isso é concorrência.

Muitos atribuíam a situação da ALRM como uma forma da casa sustentar grupos regionais, até porque o Governo também tem uma política de cultura laranja e o resto morre à fome, quanto a Calado ... se ainda fosse a construção de um teatro.

A benevolência foi esmorecendo quando muitos perceberam que o Presidente pouco exerce a missão para que foi mandatado, para investir na sua autopromoção com vista à reeleição. Assim, com os dinheiros da Assembleia, muita coisa rara acontece para se aproximar e ganhar a amizade de uma falange de apoio, até do PSD, na ideia de que o CDS até pode cair mas ele, figura proeminente até fica. Como se o PSD tivesse engolido as cotoveladas...

Vocês sabem aquela situação de que todos pensam o mesmo e ninguém abra boca? Isso foi sucedendo até ao dia da chamada da namorada de Luís Miguel Sousa para se incorporar nos quadros da Assembleia, o copo de água estava tão pelas bordas que se via a mesma acima do limite do vidro pronta para começar a verter, até que chega a peixaria da TVI à Assembleia e o reboliço das montagens e camarins na casa da democracia, depois foi o show que verteu a água e agora dizem que a imagem de tão projetada... "arrasou", ninguém defende o Presidente, nem seu colega de coligação, não sei para fora como será. Mesmo sendo casa de loucos e ainda ontem houve espetáculo no hemiciclo, eles não querer institucionalizar o descrédito total porque ninguém exerce.

Este filme é de gente sem luz, sem popularidade, sem rasgo de coragem, sem imagem, e seu conjunto produz repulsa. Quando vão para dizer luz, câmara e ação, já pára tudo por falta de luz própria nas criaturas. Elas não foram traçadas para o Legislativo mas sim para a TV e, como no GR, quando se preenche vaga para empregar laranjas, sem formação para o lugar, a máquina que já é colossal não funciona e desanima os mais antigos que desejam reforma rápida para não aturar uma era medíocre até ao tutano.

Por natureza, nenhuma TV de Assembleia Legislativa terá grande share. Até penso que os informáticos da Assembleia sabem que o visionamento online é residual e que a RTP-M só tem o seu momento quando alguém alerta para um fait-divers, que acontece para gaudio da malta, que coloca nas redes sociais porque não morre de amores pela ALRM tal como está.

Um dia destes, um indivíduo que pensa juntou A com B e num café disse coisa acertada, então se o Presidente assobia para o lado acham que ele está a pensar transmitir em direto o amém da maioria absoluta que ninguém liga? Ele vai mas é se pavonear com os amigos da RTP-M que chamou para a Assembleia nos concertos! Porque aí terá a sua propaganda e a informação fidedigna e oficial que apregoa.

Quanto a mim, não vos desejo mal caros do Correio da Madeira mas não desmerecendo, perante aquele grande investimento em meios de TV, sem resultados, mais valia comprar por uma décima parte o CM, é que quando se está a dizer verdades, dentro e fora da Assembleia voltam todos a estar calados e a concordar, o que desmascara um Presidente que não exerce e quer usufruir. O Tranquada ainda tinha sobriedade mas isto para mudar mesmo, pelo menos para lufada de ar fresco, era baralhar aquela maioria de medíocres.

Se não sabem, JMR é a primeira figura da Região e mesmo de outro partido é a simbiose perfeita para ilustrar o momento a que chegamos, ninguém quer que isto funcione. O negócio é este, os DDT deles todos governam a Madeira, eles levam o "seu" ao fim do mês e acarinham amigos mas não é para mexer palha! O marasmo é ótimo!

E a Opinião Pública não sabe da Missa metade.

Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta-feira, 3 de Junho de 2022
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