A Rua Conde Carvalhal


Miradouro da Vila Guida noutros tempos.

Q uem for neste momento ao Miradouro da Vila Guida não precisa de mais debates sobre legalidades, é tipo o Savoy Palace, o volume não engana. Assim, os poderosos levam avante o seu egoísmo e vergam a lei e os PDM aos seus desejos. Estamos na Madeira.

Mas quem todos os dia passa pela artéria chamada Rua Conde Carvalhal, que até tem moradores que poderiam ter palavra no assunto, repara que a emblemática artéria, a principal das moradias de outro tempo, está a ser descaracterizada por prédios de apartamentos que engolem a sobriedade de uma zona que deveria ser nobre e protegida, pelas quintas, pela arquitetura, moradias e não por blocos de apartamentos. Voltam a nascer mamarrachos na mancha nobre. Esta situação é espelho da falta de respeito que todos os dias se celebra com o próximo, com a natureza e com a legalidade. Não se vê autoridades.

A este ritmo de destruição das zonas de arquitetura tradicional da Madeira, onde recuperar não está nos planos de gente ignorante para a preservação de zonas emblemáticas, estamos a destruir todas as nossas referências. Destruímos Oudinot, Conde Carvalhal, nichos da Avenida do Infante e Estrada Monumental, Monte, etc.

Sem referências arquitetónicas, sem respeito pela Laurissilva, massificação no Turismo e stress sobre as levadas, caminhos reais e trilhos, inverno demográfico e alguns loucos para vender a russos, muitos dão-se com este ensurdecedor silêncio que... mata como a hipertensão?

Vejo tanta gente a escrever e a falar mas todos fogem a sete pés dos assuntos que deveriam estar a debate. O que vale é que há muita gente a dar like no Madeira Quase Esquecida.

Enviado por Denúncia Anónima.
Sábado, 4 de Junho de 2022
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