A matemática da Energia.


U ma simples conta matemática indica-nos que a área da Terra é de 510.100.000 km², como cerca de 70% da terra é ocupada por oceanos, apenas 153 030 000 Km2 é área habitável. Deixando a geografia de parte, hoje soubemos pelo Presidente do Conselho de Administração da Empresa de Eletricidade da Madeira que a Madeira produz apenas 0,000006% das 51 mil milhões de toneladas produzidas pelo mundo. Em matéria de gases com efeito estufa, o Sr. Presidente da EEM, fez saber que em todo o mundo é produzido anualmente 51.000.000.000 toneladas, e que na Madeira situa-se à volta das 300 mil toneladas, ou seja, o peso da Região no total global dos gases produzidos é de 0.000006%. Para os que sabem matemática, este número obtêm-se dividindo as 300 mil toneladas pelos 51 mil milhões que dá realmente 0.000006, ou seja, seis casas decimais (mas sem o sinal de percentagem).

Outra conta interessante seria dividir os 51 mil milhões da emissão dos gases de estufa pela área da crosta terrestre, o que dá 300 toneladas por Km2, e se fizermos a mesma conta com a área da Madeira teremos, em contas redondas, “apenas” 400 toneladas por Km2. É tudo uma questão de escala?

Lapsos matemáticos à parte concordamos com a opinião do Presidente do Conselho de Administração da EEM, no que se refere à produção segura da Energia Nuclear, mas não pela justificação do tal fator de escala mas sim porque uma Central Nuclear na Madeira afastaria o Turismo. Quem quer vir de férias para uma Ilha de 741Km2 com uma Central Nuclear por perto? Foi um não assunto para encher chouriços?

Concordamos com a aposta das energias renováveis, isto é, com a energia produzida pelo vento, pelo sol e pela chuva, mas é preciso que dê vento, sol e chova e as alterações climáticas podem trazer dissabores económicos.

Concordamos com a Energia Renovável, no entanto a energia renovável não pode ser a qualquer preço, pois ainda não conhecemos os danos, a médio prazo, que a Lagoa do Paul da Serra pode fazer nos aquíferos e consequentemente nos Concelhos da Calheta e da Ponta de Sol. Deixamos o desafio das consequências à senhora Secretária do Ambiente e das Alterações Climáticas que parece que continua a fugir das chatices.

Com tanto anúncio, fica por explicar a relutância da EEM em apoiar, como se faz no Continente Português, a produção de energia solar pelos cidadãos. Imagine-se só uma Central Solar do tamanho do anfiteatro do Funchal. Não é viável? O Governo ficou com a Bazuca toda e esta opção não era elegível para a preleção? Pois...

Espera-se que a coragem do Governo da Madeira na aposta na redução dos combustíveis fósseis atinja também a redução do consumo de gaz natural comprado à GasLink.

Entretanto ficamos por aqui entretidos com a tabuada.

Enviado por Denúncia Anónima.
Terça-feira, 7 de Junho de 2022
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