A entrevista Rafaela Fernandes, uma brincadeira!


L endo a entrevista da Dra. Rafaela ao DN, domesticado pelo poder laranja, realmente administrar uma empresa como o SESARAM não é para todos, mas para alguns, e apenas aqueles que se rendem aos lobbies! O “modus operandi” não se alterou e as anteriores figuras roçaram o limiar do ridículo. A Rafaela Fernandes que prepare que vai a caminho, mesmo com distinções, as mesmas recebidas por outros caídos em desgraça.

Geralmente, os administradores nomeados e escolhidos rendem-se, por confiança politica, em primeiro lugar, ao governo e aos políticos, seus colegas de partido; depois, rendem-se de forma incondicional ao lobby médico, que faz do hospital central a sua oficina particular ao serviço da privada, com a qual referiu ter parcerias há muito tempo, mas o problema é que essas parcerias são apenas negociadas(tas) do ponto de vista do negócio, do lucro que esse lobby pretende ganhar sugando o orçamento regional da saúde.

O doente tem alta e é encaminhado para seguimento na privada, às claras e sem vergonha na cara. A admissão e gestão de listas de espera também, não terá origem numa privada que gere assim, também, de forma prioritária a sua clientela? Seria preciso um administrador com gestores de internamento com tomates!

Não são parcerias, colaborativas e cooperantes, nem são do ponto de vista de uma gestão empresarial que considera os stakeholder, as partes interessadas, todas a remar para o sucesso da empresa, no caso do SESARAM. O sucesso que interessa é apenas político e de lucro apenas para o privado, alimentar lobbies, o tal médico, assim como os novos monopólios na saúde, alimentados pelas altas problemáticas são um filão de ouro, que é preciso manter, fazendo de conta que se resolve,  com os quais é extremamente rasteiras e fracas as sucessivas administrações hospitalares que permitem a existência de conflitos de interesses e uma desorganização pueril e abjeta.

A saber, que resolveram os milhões investidos em PRCs, os tais programas de recuperação de listas de espera, cirúrgicas? Que resolve agora a parceria com o HPM, para utilização do seu bloco operatório, e serviços de internamento, onde o SESARAM, paga tudo, quase inclusive o ar que o doente respira? Sabe o que resolveu: nada e apenas aliviou e safou alguém, da quase insolvência.  

Mas, quando existe dinheiro para pagar prevenções a médicos do SNS, quase o seu peso em ouro, não existe para pagar a mais assistentes operacionais, entre outros que escasseiam, no SESARAM! Ficamos abismados com a escolha de prioridades para se desbaratar o dinheiro orçamentado para a saúde. Acha que um Assistente Operacional, numa tarde, dá para um serviço com 25 doentes internados? Não sabe e nem quer saber.

E aquela brilhante ideia, já com mofo noutras paragens e implementada há décadas, a tal, do internamento no domicílio assegurada pelo SESARAM, daqui a dias assegurada por intervenções por ajuste direto a algum privado do sistema, não é mais uma que já alimenta o esquema das altas problemáticas? Estamos atrasados dezenas de anos, mas na linha da frente a esquartejar e a privatizar a saúde, ao estilo de umas novas Vias Expresso.

Quanto perde o SESARAM pela incapacidade de cobrar dívidas a subsistemas e até a doentes estrangeiros? Daria ou não para pagar aos recursos humanos da área operacional que escasseiam e deveria ser preocupação de quem administra uma empresa publica?

O problema do SESARAM é ser mais bandeira política e arma de arremesso eleitoral. A empresa é pública ao serviço do cidadão mas a sua despolitização é urgente ou nunca passará disso mesmo, para se repetir tudo na nova unidade que se vai internacionalizar para o bolo ser maior e a "festa" também.

Urge este Zé Povinho abrir o olho, muito difícil quando está comprado pelo sistema e os seus braços armados chamados Casas do Povo. Não tenho pena nenhuma desta gente, nem quando dizem mal do sector público da saúde, mas que depois confessam ser bem melhor pela pratica vivida, quando em simultâneo constatam que o sector privado, deles, só quer uma coisa: dinheiro.

Engraçado, quando a doença ataca, mesmo os que têm poder económico e podem ir a uma privada, optam pelo SESARAM, mas sempre bem acompanhados e orientados, como bem diz o povo, até no inferno, é bom ter um amigo.

Enviado por Denúncia Anónima.
Sábado, 11 de Junho de 2022
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