Turismo na Madeira e soluções para o transito caótico no Pico do Arieiro


S r. Eduardo Jesus, se soubesse e fizesse o seu trabalho, antecipava-se sempre à procura e dimensão do turismo. No antepassado, de julho a agosto, passamos de quase zero ao pico do turismo na Madeira, as fronteiras na Europa “abriram” e já não era preciso quarentena no regresso à origem (mas só na Europa), planeou-se este ano? Falou com as empresas regionais, muitas delas trabalham diretamente com empresas do mercados emissor de turismo para a ilha? Claramente Não.

Trabalha-se no dia a dia e quando surge um problema vamos “destruir mais um pouco, com estacionamentos”, um exemplo é o caso do transito caótico do Pico Areeiro. Soluções:

  • Os carros de aluguer ali estacionados, maioritariamente, são de turistas que fazem o percurso a pé Arieiro – Ruivo e regresso. Fazer um estacionamento no chão da lagoa, com carrinhas de transporte até ao Arieiro, é uma ideia errada. Primeiro porque o Chão da Lagoa é zona protegida, não se pode construir/destruir com mais betão e alcatrão. A solução para os autocarros e carrinhas de turismo vem mais á frente. Solução imediata – policiamento ali, se não existe estacionamento não podem estacionar ponto. Aconselhar outras alternativas, deixar a rotunda e caminho livre para os autocarros e carrinhas.
  • Solução imediata – fazer carreiras do Funchal até ao Arieiro (pagas a preço justo), de manhã, a hora do almoço e fim de tarde (só de regresso). Serão menos carros estacionados ali durante horas.

O problema também é que a estrada entre a Camacha e o Poiso está fechada para obras, quando abrir, a Secretaria de Turismo em articulação com as empresas deveria organizar, umas iam diretamente para o Arieiro e deixavam a paragem na Camacha para o fim do dia,  outras faziam primeiro a Camacha e depois Arieiro, assim teriam tempo e evita-se transito todo junto no Arieiro e consequentemente no Ribeiro Frio, o resto do dia é “pacifico”, o turista sai satisfeito e as empresas também. 

Costumo dizer que pelo menos 60/70% das pessoas que nos visitam fazem uma levada ou trilho. Arranjaram/limparam mais percursos? Quase nenhuns, e nem foram colocados no site do turismo, estão os mesmos 35, 3 deles no PXO. Com mais de 2 mil quilómetros de Levadas, caminhos reais e mais uns quantos quilómetros de trilhos, alguns deles fechados e outros arranjados à “pressa” para o MIUT (um agradecimento à organização). 5 mil pessoas para um evento de natureza, quantos traz o Rally Vinho Madeira à região? E  com um orçamento muito inferior. Muitos dos trilhos são mantidos e arranjados pelas organizações de trails. Onde estão os cantoneiros? Pelo que sei, agora são empresas privadas que arranjam os percursos a preço de ouro (deveria haver investigação).

Antes de pensarmos em mais estradas, teleféricos e estacionamentos, este ano vai ser um bom ano de turismo, mas atenção, sem o trabalho que deveria de ser feito vamos “levar” com comentários do tipo “é bonito mas tem muita gente” porque não se inovou. Reparem no seguinte, muitos mercados ainda estão “fechados ou condicionados” devido á pandemia, caso de Africa, América Central, Asia, Austrália, estes mercados estão a “abrir” aos poucos e estarão em força em 2023, mais a situação da guerra na Ucrânia, ninguém viaja de férias para os países vizinhos nem para os vizinhos dos vizinhos.

Querem turismo de massas e não de qualidade, estamos a ter um mau cheirinho, não cometam loucuras antes de analisar 2023.

P.S.: 20 milhões para a APM quando não temos uma casa “arrumada”?

Enviado por Denúncia Anónima.
Terça-feira, 3 de Maio de 2022
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