PSD, Ramos, Sousa e Farinha deram cabo do jornalismo na Madeira

 

O jornalismo na Madeira tornou-se um misto de
propaganda ao estilo Nazi, escrita numa insondável
Enigma ainda com criptografia de rotores.

Q uero vos felicitar, a vocês ou autores, seja lá quem for, pelo resultado final de muitas publicações que conhecem a crítica real e sobretudo porque anexam documentos ou metem links, isso é muito importante para acabar esta história de alguns serem os maiores, ostentando uma posição dominante, e outros serem fake falando verdade.

Quem começou a criar esta nojentice de comunicação social que temos foi Jardim, quando tinha o Jornal da Madeira e fez o Jaime Ramos ser proprietário da maioria das estações de rádio do campo para manipular a cabeça do seu eleitorado rural. Somaram-se outras mais na cidade e no campo, propriedade do Farinha.

Ficou então em relativa liberdade o Diário de Notícias, a RDP, a RTP e o Tribuna. Pelo meio criaram-se jornais que foram à falência, mesmo com dinheiro público encapotado, com a intenção de eliminar, por exemplo, o Diário de Notícias de então. Foram tentativas falhadas para esvaziar o mercado publicitário sabendo que o governo suportava o resto. O Tribuna sempre foi considerado um problema menor, mas tem se aguentado por ter impressão própria. A RDP e a RTP, não se podendo privatizar a um DDT local, foram infiltrados por todo tipo de asquerosos seres bufos do poder, de ambiciosos sem ética, de produtores de fretes que recebem benesses, sobretudo lugares com bons vencimentos. Primeiro administrações, depois chefes de cada área até chegar aos jornalistas. Alguns desses lugares requerem rotatividade, coisa que não acontece na Madeira, ao contrário do continente, mas o continente também não se importa porque somos uns marginalizados do país pelos exageros verbais constantes do nosso Governo. O que lhes facilita a vida. A RDP e a RTP foram minados por dentro pelo PSD e depois, com ascendência do Sousa. A vontade de lhes dar novo gás e alento percebe-se quando se deixam os meios ficarem pré-históricos, no facto de haver os do poder principescamente pagos e os outros na mais completa precariedade com vencimentos baixíssimos. Quanto à TV, a imagem que fica é a do Dossier. TV decente já teria acabado com aquele abuso, um já é assessor...

Fica o Diário de Notícias, que venceu Jardim. Jardim caiu antes do Diário de Notícias apesar de todas as "sacanices". Quando se pensava que o bem falante delfim Albuquerque, crítico da era Jardim e da sua forma de fazer política na democracia, iria trazer uma etapa na evolução da Madeira, a coisa foi para pior. Fez os Blandys venderem ao Sousa o matutino que depois revendeu parte ao Farinha, que já detinha o JM no mais porco malabarismo público de sempre nesta área, com um administrador a vender por 10.000€ o matutino + rádio ao Farinha Matutino, quando só a licença da rádio valia mais do que isso. Paralelamente, aliciou-se jornalistas do Diário de Notícias para irem para o JM, a estratégia na altura era ser o líder de mercado afundando o Diário de Notícias. O secular aguentou mas depauperado. O administrador do Jornal da Madeira que vendeu-o por 10.000€ passou pelo governo e retornou ao JM. Que grande trabalho na era do Quaresma... matou e não ressuscitou! Tudo para afundar de vez o ícone da independência e do jornalismo na Madeira, apesar de um ou outro caso discutível.

Diário de Notícias finalmente vendido, agora quanto pior ... melhor, porque há dinheiro justamente para isso, a aposta é desacreditar, é anular porque depois a agência de comunicação cria os seres quase deuses da governação. Acabou-se a crítica. O PSD controla todos os pilares da democracia e mesmo faltando eleitores ele vai fora buscá-los, criando dualismo, divisões, injustiças e até xenofobia, sempre com a maquiavélica mão escondida.

Com este quadro, os jornalistas vendo o sucesso dos primeiros vendidos e apreciando o ponto de não retorno na independência do jornalismo na Madeira, seguiram a máxima "se não podes com eles, junta-te a eles". Daí para cá tem sido uma "orgia" sem memória, todos honrados, todos premiados pelo especial valor enquanto jornalistas, uma paródia. Creio haver mais jornalistas na Função Pública do que em órgãos de informação, não se esqueçam que há muitos precários escravizados ... não são jornalistas.

Pensemos sob o ponto de vista do jornalista, se fizeres jornalismo o poder e os proprietários lixam-te a vida. Imaginem que o indivíduo jornalista até é bem formado, é idóneo, cumpre com os preceitos do bom jornalismo e do código deontológico. Ele terá um reconhecimento por mérito que lhe permita sustentar a família com seu vencimento? Não. É o mau jornalista, aliás escrivão do poder que faz favores e recebe prémios, os outros marcam passo até à primeira oportunidade de os fazerem desaparecer, os lugares são importantes para novos vendidos ou carentes de emprego.

Na minha opinião e olhando para o quadro de pessoal atual do Diário de Notícias, muitos dos antigos da era Blandy lá estão, mas também existem "tapetes do regime", o que significa que a mudança de propriedade alterou a forma de encarar a situação, perderam o instinto de jornalista para ter o instinto de sobrevivência. É que a área de comunicação social não está fácil, sobretudo jornais que agora se têm de reinventar no online.

O Diário de Notícias tem vários problemas que contaminam a boa semente. Primeiro, os seus proprietários não conferem credibilidade por décadas de protecionismo, assistencialismo e compadrio com o PSD. A relação permitiu-lhes o estabelecimento em monopólios e atingiu a sobreposição do poder económico ao político. Na Madeira mandam os DDT, Albuquerque pode dar os shows que quiser de força, o que conta é o resultado final. "Eles levam tudo e não deixam nada".

A compra do Diário de Notícias foi silenciamento, nunca mais se furtou pedras. Há de tudo no quadro de jornalistas mas a culpa atual é dos proprietários, o resto é dependente e assalariado. Ponha-se no lugar deles! No fim, o poder deitará a culpa sobre os jornalistas, bons e maus!

Tudo isto se resolve pelo voto, se você não se vender também!

Enviado por Denúncia Anónima.
Terça-feira, 24 de Maio de 2022
Todos os elementos enviados pelo autor.

Adere à nossa Página do Facebook (onde cai as publicações do site)
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira