Os precários do tachismo

 

O gajo bom pra caraças como inutilidade.

D eve estar para chegar o momento em que muitos dos que desconversam deixam de ver um mundo belo e dizem "não é bem assim", "ressabiado", "maldoso", etc. São aqueles que respiram bem estar em estado de graça, é deles um lugar a passar por cima dos outros bastando um telefonema. Eles são importantes, muitas vezes intimidam mais do que os líderes. Eles são tão superlativos, tanto que estão fora da tabela e da escala, passam ao lado. São família deste, filho daquele, crânio que acabou o curso, o herdeiro do tacho público, o que importa ter por popularidade na tasca, etc.

Eles são próximos, usam uma força que não têm para meter medo aos outros e assim ganhar mais uma vantagem. Eles sugam o trabalho e o virtuosismo dos outros pela necessidade de estar sempre a brilhar e justificar o tacho. Muitas vezes, assinam os trabalhos dos outros, segundo eles, se forem vencedores trazem os resto da manada para cima.

Eles, com muitos nomes técnicos, estão em cargos de confiança que se extinguem com cada mandato. É aqui que o cidadão comum, que passa 4 anos a reclamar e eles a zelar pela boa aparência da governação percebem que o verniz estalou e os inúteis tornam-se problemáticos. Os seres zen acompanham os insultadores natos, todos arrancam para a maneira como veem a política: mata-mata.

Não deve faltar muito, os perfeitamente inertes, estado de graça ideal se não for misturado com cimento, e os perfeitamente inúteis entram em cena. Cães raivosos que tentam assegurar por mais 4 anos uma vida de vencimento superior, já que ainda não tiveram oportunidade para entrar como quadro de carreira da Função Pública. Muitos são técnicos especialistas, um termo jocoso para coçar a micose. Imensamente úteis que, quando estão ausentes, o ambiente melhora e a produtividade também, porque ninguém atura o nervosismo de querer ser útil com um curso que nada tem a ver, era o lugar que havia... Todos concordam que é benéfico que nem venha ao trabalho.

O Governo deveria ter instalações semelhantes à chamada placa central da Arriaga, que o deixou de ser, uma secretaria da inclusão social superlativa, em vez de gabinetes teriam barraquinhas, de barraca claro, porque é ali que mais produzem, é lamentável que não haja o cargo de Gajo Porreiro, "Cacho", Taberneiro, Festeiro, era o lugar ideal na carreira pública.

Sem esse estatuto, o mundo deixa de ser laranja e passa a ser o inferno que vivemos. Se algum descer do estado de graça, para entrar outro ainda mais importante, que tente marcar uma consulta médica sem jogadas. Isto para começar.

Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta-feira, 12 de Maio de 2022
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