D epois das cúpulas (não confundir com cópulas) do PSD-Madeira terem ordenado aos seus militantes mais fervorosos que ignorassem o que se escreve no Blog mais odiado da Madeira, o Correio da Madeira bateu todos os recordes de leitores ultrapassando jornais que custam milhões ao erário público. Aceitem que dói menos!
Coincidência ou não, João Paulo Marques escreve no Diário mais lido da Rua de Fernão de Ornelas mais um artigo interessantíssimo sobre Crime, Economia, Rotas e Pensos Higiénicos. Tem tudo a ver!
Já tinha prometido a mim mesma não escrever mais sobre João Paulo Marques porque cada vez que o critico, João Paulo Marques sobe na oligarquia do PSD-Madeira. Mas é mais forte do eu, porque a sua escrita, tal como ele, são irresistíveis!
Mas vamos ao seu texto. Depois de escrever um parágrafo sobre o uso caótico de armas “no país que lidera o mundo livre” que “(…) perpetua-se à custa de propaganda organizada”, ou seja, algo muito diferente da Madeira porque aqui não há armas nem loucos.
Se o parágrafo sobre os assassinos ocorridos nos Estados Unidos não fosse para encher chouriços e dar um ar sério ao resto que escreveu, até estaria de acordo. Mas se o uso descontrolado de armas nos Estados Unidos é dramático, o que vem a seguir é hilariante e João Paulo Marques passa de um assassinato para menstruação pois o sangue é o substantivo comum.
Mas antes - num momento de intimidade com o leitor - João Paulo Marques confessa que é um dos poucos iluminados que já foi a pé do Pico do Areeiro ao Pico Ruivo escrevendo “(…) há, entre picos, uma comoção que não se explica (…)” num “(…) silêncio desarmante da floresta ou o tumulto de um curso de água que parece correr sem fim”, ou seja, parece que João Paulo Marques descobriu uma floresta entre o Pico Ruivo e o Pico do Areeiro! Talvez até a Laurissilva para asfaltar.
Depois das rotas, vem a Economia e tem tudo a ver porque se as rotas forem taxadas por um privado ajuda a Economia e o bolso de alguns a crescer. Se de rotas ele não percebe nada em Economia dá cartas. Segundo ele, Portugal tinha o maior PIB da Europa “(…) passamos do 1.º lugar para um deprimente 20.º em 27 países europeus”, isto é, a sua mente confundiu crescimento com o valor do PIB, esquecendo-se até de referir que a Madeira foi das zonas do País com a maior queda do PIB (- 14%).
Se os parágrafos anteriores são motivo de gozo, o que vem a seguir é demasiado paupérrimo e João Paulo Marques decide escrever sobre mulheres, menstruação e o PAN, lamentando-se que “é pena que se tenha reduzido um tema relevante e complexo”. Complexo? Se a menstruação é complexa, o que dizer da incontinência verbal?
A dúvida que ficará para sempre, nos poucos leitores de João Paulo Marques, é se foi por causa da complexidade dos Pensos Higiénicos ou do CINM que o PSD-Madeira se absteve na votação do Orçamento de Estado de 2022.
PS: Peço desculpa pela violência do texto mas estou naqueles dias de TPM
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