Falta um 25 de Abril nas autoridades da Madeira

 


As autoridades devem se libertar do poder,
porque podem ser um dia acusadas de colaboracionismo.

L i esta manhã (no DN) que as autoridades não vão atuar sobre a situação de sexo ao ar livre, por enquanto, nas noites do Funchal. Isto reforça a minha ideia de que as autoridades são passivas e aguardam que alguém se queixe para atuar. Esta situação de "povo unido", em favor da política e da proteção dos poderosos em que vivemos traduz-se, a este nível, num deixa andar. Se eles estão para os negócios e o vandalismo como estão para o sexo, isto vai progredir. Também quero dizer que há hipótese das cenas de sexo não serem de "rebentos" do regime, mas sim de imitadores que se aproveitam da impunidade. O problema é que não atuaram quando deveriam e agora generalizou-se a ideia, até porque esta situação de uma Madeira sem classes sociais, há uns com dinheiro no poder e nem se apresentam ao trabalho e há outros que avergam o serrote e não ganham para essa vida.

A nossa memória coletiva remonta à impunidade dos atos de vandalismo num Verão no Porto Santo, a indignação tomou conta da população porque partiram bens alheios, atentaram contra a vida de um pato, destruíram caixotes do lixo, etc, com o requintes de malvadez ao colocar os vídeos na internet como ato de heroísmo. Ser "bad" (mau) está na moda, tal como contrariar o bom senso das pessoas com a governação: Ginjas, Teleférico, Marginal de São Vicente, agora a ideia de mais um túnel na Encumeada, etc. A impunidade está a fazer crescer a ousadia.

Esta passividade das autoridades que, pela maneira como interpretei, mais depressa acusam quem divulgou as imagens do que quem as realizou, também não é inocente. Começa ser comum vermos a malvadez, falta de pudor, corrupção e crime protegidos ou tolerados, trocando as voltas aos argumentos e invertendo a realidade tal como Putin. As pessoas ao se indignarem e, vendo a inação das autoridades, tentam ver se elas caem em si na falta de autoridade que têm para com alguns e, mais do que voyeurismo, querem fazer mexer as autoridades. Contudo, todos desconversam e agem como lhes convém, para não haver atritos entre eles no status quo.

Todas estas situações vandalismo, sexo na rua, a droga e na adictos na rua, os roubos no Funchal, a corrupção, barulhos nas horas de descanso, corridas na Via Rápida, falta de civismo na condução, etc, não têm mais do que ações publicitárias para dizer que as autoridades se mexeram, mas não fazem nada. Sinto isso de várias formas, no ruído é a mais evidente, não tinham aparelhos nem formação, agora sim e não há resultados. Espero que, a haver, não apanhem a "velinha ameaçadora no raio x do aeroporto".

Sou levado a acreditar que as autoridades também têm medo da política, porque acertando num indivíduo do regime ou filho mal formado deste, ninguém recrimina o indivíduo infrator mas persegue seja quem for nas autoridades. É bom que se diga, basta ver a mudança de linguagem das autoridades naquele verão no Porto Santo e ... acabou em nada.

Esta realidade e esta conjuntura só me podem levar a ter más previsões, sentem-se impunes e ameaçadores e estamos sempre a aumentar a dose. Começo até a acreditar que uma pessoa bem formada que se indigna, ainda receberá o castigo, tal como na ex URSS, em que quem acusava os crimes dos protegidos era culpado por revelar um segredo de Estado.

Sinto, com tudo isto, que apesar de cada vez mais controlado, o regime está podre e que os líderes atuais não têm perfil para ser exemplo e fazer cumprir a lei. Eles cobrem o errado por causa dos rabos de palha que se podem incendiar uns nos outros.

Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta-feira, 6 de Maio de 2022
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