Comentário ao artigo "Casino TAP"


B oa tarde, quero agradecer ao CM pelo facto de ter publicado o meu texto (link), é sobre ele que quero falar ao ter lido um comentário um bocado fanático. Tenho para mim que são os fanatismos que destroem a capacidade de se adaptar e ter sucesso. Aquela ideia do "quero, mando e posso" só é verdade na Madeira, se estivermos a falar de democracias. De prestação de serviços e venda de produtos esqueçam, é insucesso declarado.

Falei pormenorizadamente da TAP (link) e não tive qualquer intenção de "desterrar" a TAP e beneficiar outras, eu tenho preferência pela TAP e escrevi o que acho enquanto passageiro. Como os inquéritos pela net são lixo, escrevi ao CM. A ver se alguém se enxerga. Não sou um passageiro inconsciente ou desinformado. Penso que não foi ninguém da TAP que me respondeu mas valem as ideias que lá observei para dizer o que se segue, como exemplo.

A TAP tem um nicho de mercado e as Low Cost têm outro, as Low Cost não querem ser a TAP mas a TAP quer implementar, onde pode, os conceitos das Low Cost para que num voo rentabilize mais o avião. Está no seu direito. Então cria algo hibrido que não funciona e deixa os passageiros agastados, por exemplo, sou um passageiro que por razões profissionais leva no trolley instrumentos de precisão caros. Eu quero-os comigo para o trolley ser bem tratado, para ter os valores em minha posse e para que a empresa na qual trabalho não me ache irresponsável porque os perdi quando são cruciais para os serviços. Digam-me, eu opto pela TAP com bagagem de porão e trolley, o trolley serve exclusivamente para os tais instrumentos, se a mala se perder não tenho muda de roupa mas garanto os equipamentos, eu pago para ir na TAP com este modelo de passagem e na tarifa adequada. Porque raios vem um funcionário no aeroporto, à bruta (mais de uma vez, parecem ensinados a isso para intimidar) dizer que há muitos trolleys e que devem ir para o porão, sem querer saber como cada um se organiza? Digam-me, o avião não prevê bagageira para um trolley por passageiro, cumprindo as medidas regulamentadas por cada companhia? Eu leio-as. Porque raio tenho que ter uma confusão no embarque por isto? E depois, se o trolley for para o porão do avião, se a companhia pagar a perda, será pelo preço ao quilo de roupa? Se avariar consertam? Não. É no embarque dos aviões que tenho de fazer declarações de valores? E aceitam? Isto roça o ridículo! Retiro o equipamento, fica nas mãos e vai o trolley para o porão? É especialmente irritante esta conversa por ser algo menor que nem deveria ser debatido.

Agora vamos ver a mesma situação de outra maneira, imaginem que no modelo Low Cost eu compro tudo, ponto por ponto e não incluído na tarifa base, inclusive trolley para bagageira e ninguém me chateia. Quem está certo ou errado? Quem jogou limpo com a tarifa. A TAP perde ou não perde de forma ridícula? Este é só um caso dos que poderia relatar.

Mas à parte disto, viajar de avião é cada vez mais uma maçada, partindo da Madeira temos ... o aeroporto está operacional, há vento, o avião aterrou? Verificamos a meteo para saber o grau de certeza da viagem. Passamos a preferir agências de viagens para ter apoio, sim porque Call Centers da TAP, que ainda ganha dinheiro connosco com chamadas de valor acrescentado, que somam até cair a chamada, é de subir paredes. Em viagem não temos o tempo de espera que o Call Center da TAP exige, 30 minutos com sorte. O mau serviço da TAP gera oportunidade de negócio às agências de viagens que ganham a venda e o serviço, para podermos ter apoio de uma terceira parte e não da companhia. Portanto a tarifa da TAP é a que compro, com estupidez incluída, mais o serviço da agência.

Finalizo dizendo que fui justo na analise anterior  (link) mas, se perante factos de mau atendimento, de mudança de serviços previstos na tarifa ainda tenho que aturar fanatismos, é certo que eu começo a mudar pela calada. Mais ditadores?

Nota: com as galley´s com cada vez menos serviço qualquer dia vendem cacifos.

Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta-feira, 5 de Maio de 2022
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