A espinhosa missão de nadar no meio dos tubarões

 

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O Diário de Notícias mantém o diretor da velha era, onde se esperava que o matutino assumisse muitas vezes a função da oposição dormente e que, perseguidos por uma máquina autocrática, desejava o seu fim cortando todas as formas de receita. Sabemos que os objetivos foram alcançados e, derrotados, olhamos para as alminhas de cada lado, optando pelo mal menor. Nota-se, de ora em vez, saudosismo, alguns ainda têm o bicho do jornalismo, os que ainda conseguem ter estatuto. Por outro lado existem outros jornalistas, "ratas velhas", que não acreditam no jornalismo e usam-no para ganhar a vida em vez de honrar a profissão. Por aqui me fico. É ver a "causa ... consequência".

Estendendo a mesma fórmula da "falta que a concorrência faz" na Madeira a todas as áreas. Quase tudo foi manietado por necessidade ou dependência em favor da manutenção e do abuso do poder. Compra-se martirizando e enfraquecendo, por legislação ou assédio político, por governação sectária, poderíamos revisitar imensas situações onde os monopólios da Madeira Nova do Povo Superior são geradores de pobreza. Quando queremos ser empreendedores, pagamos bens e serviços e quando recebemos o vencimento. Estamos num momento onde todos reclamam de falta de funcionários, sobretudo para o Verão (precários), mas todos omitem a verdade da causa (escravidão sem perspetivas). Todos sabem que a Madeira não construiu em 46 anos "autonomia" mas sim dependência dos dinheiros de fora. O que se está a fazer à Bazuca na Madeira é crime, acabaremos mais pobres, "recuperarão" os que não precisavam e a resiliência vai piorar. Pessoal, económica e ambiental.

Nós não estamos só a empobrecer quando cada vez mais dinheiro entra, só esse indicador mostra a falta da distribuição da riqueza, mas na mesma contenda, estamos a atrofiar as mentes que se alinham no prisma oficial da narrativa para que, cada um zele pelo seu emprego político ou de favor e seja egoísta. A governação é estúpida porque também o Governo Regional não tem concorrência, porque tudo se controlou e todos aqueles com dois olhos na cara e cérebro desintoxicado são "eliminados". Diaboliza-se todos os que de boa fé pensam para que os "carneiros" sintam medo, se agora já roubam caprinos, um dia ainda "raptam carneiros" em vez de pagar pelo silêncio. Veremos ser possível uma serra com ovelhas negras.

Não só no TVDE se pratica injustiça. A inovação, o conhecimento, as pessoas de caráter e capacidade fogem da Madeira. Por isso temos, todos os dias, a senil atitude dos superlativos emanados para os burros. Que a Ryanair faça viajar o madeirense para que coloque a cabeça no lugar e se deixe de comer gelados com a testa.

Aqui ao lado, nas Canárias, com 2.2 milhões de habitantes, existe cada vez mais ferries a ligar a Espanha insular com a continental, multiplicam-se opções para os mesmos destinos como também se inova nos destinos. Se, de forma empírica, acharmos que cada nova linha é uma unidade que divide o mercado, saberemos que um ferry rende quase sempre pelo seu modelo de negócio, porque tanto a economia de escala como o número de habitantes de cada ilha pouco interfere no rendimento. Pensem nisto. Se houvesse um Funchal - Porto Santo - Continente, sem limitações protecionistas, pense bem no que sucederia. Não podemos pensar numa linha por aquilo que a ilha potencia mas pelo que a linha potencia, porque move pessoas e suas necessidades, cria mais oportunidades de negócio, mais emprego, incentiva a produção, promove eventos, baixa custos, geram ideias que contam com o serviço para lançar novos negócios.

Na Madeira, neste fim de semana há festa da cebola e dizem que a produção baixou, tivemos a Festa da Flor e poucas se viram, temos a produção de fruta a decair e alguns a desistir (cerejas), as pragas aumentam e ninguém se colca em terreno para resolver, como se fosse o "destino", se todos pensassem assim ninguém comia no mundo. Estamos todos os dias a perder autonomia e a potenciar pobreza...

O Barreto tem culpa no TVDE, absurdo, o Sousa tem culpa na potenciação da pobreza mas ninguém lhe toca, ele depois aparece como mecenas com tantos negócios assistidos. Na hotelaria há um a matar o destino, a massificar, a destruir as atrações e a colocar custo como recurso, a multiplicar críticas, tudo para que só ele tenha sucesso. Há muitos empresários de sucesso que não valem nada, viveriam bem na Rússia e na Coreia do Norte, depois ainda se lamentam. A crise sanitária mudou o mundo e também o madeirense mas, aqueles que querem manter o seu modelo de sucesso, preferem matar a ilha do que ceder ou perder a razão. E agora a guerra, afinal já chegou à ilha ...

Ao Diretor do DN, que sabemos ter seus dias ..., devemos os lampejos do pouco jornalismo na Madeira, na espinhosa missão de nadar meio de jaulas de tubarões, outra produção em crescimento e a gerar pobreza.

Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta-feira, 20 de Maio de 2022
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