Região Autónoma da República da Venezuela


O bservar as dualidades da dialética política do Governo da Madeira, diz muito sobre o corpo da governação em que assentam as medidas avulsas e que contrastam com as bocas que mandam para o continente. A Madeira quer Autonomia e adora estar isolada para fazer o que bem entende do Orçamento Regional mas nunca estão satisfeitos. Com uma Bazuca na mão, integralmente a cargo do GR, o Presidente do Governo perguntou se valeria a pena pertencer à República. Sem República não haveria dotação financeira para além daquela que a Madeira é capaz de produzir, toda uma série de serviços ficariam sem financiamento e as obras findavam porque tinham de cobrir o que a República paga. Mas a Madeira tem imensas carências no domínio social e cada vez paga menos por via do Desemprego e da Segurança Social gerida pela região com dinheiro do continente.

Os idosos têm o problema dos lares, um luxo que assenta na promiscuidade e nas cunhas para dar entrada a um idoso, muitas vezes em locais de duvidosa qualidade, com falta de quadros e condições. O nosso grau de desenvolvimento vai assim mas, armados em grandes, lá vamos nós cobrir na Venezuela o que diz respeito à República de lá e de cá, aqui ninguém pia porque tem um objetivo eleitoral.

Este assunto reveste-se de algum melindre porque os políticos num instante atafulham fracas cabeças de mentiras. A Madeira já tem lares suficientes para os seus idosos e tem assistência médica pública decente? Os nossos políticos são eleitos para governar a Venezuela? O Governo Regional queixa-se do apoio da República e agora assume matérias da República? Quer dizer, temos deputados eleitos que zelam pelos venezuelanos em exclusivo e agora os nossos governantes, REGIONAIS, governam a Venezuela? Claro que isto é eleiçoeiro, qualquer dia temos uma terra a falar "mirês", bem da vida, e os madeirenses a viver mal ou emigrados. Agora digam que é xenofobia esta constatação de injustiça! A Madeira é um barril de pólvora, mas acredita-se que enquanto houver paz podre e ninguém acenda o rastilho, o dócil comportamento dos madeirenses, complacentes com tudo o que de errado vêem, vai passar de novo. Esta gente não governa para a Madeira e os madeirenses, governa para a manutenção do poder e a fatia do eleitorado que lhes dá a vitória. Não é um governo para todos.

Impressão minha ou temos um caixeiro viajante dos negócios da diáspora a governar o exterior? E temos um Presidente do Governo dedicado ao Dubai, aos Bitcoins, aos Estates, estão fartos da Madeira ou por aqui está difícil de angariar votos? Quantas viagens irão acontecer nas Regionais tal como nas Autárquicas?

Deveriam ver como andam muitos locais que não são lambe botas mas são madeirenses, os que não se inserem no sectarismo para o qual governam. A nossa Segurança Social que é só para PSD's, via Casas do Povo, tem extensão à Venezuela, fantástico. Se calhar tenho que me tornar venezuelano para receber um tratamento igual.

Depois de não ver a utilidade na República Portuguesa, que sustenta muita Madeira social e os vencimentos no GR, agora migramos para a Região Autónoma da República da Venezuela em beneficência por terras de Bolivar. Conhecendo tantos momentos de total falta de solidariedade para gente próxima na Madeira, nos Açores e nas Canárias ou pelo menos uma palavra para outros mais longe, começamos a ver o Orçamento Regional a fazer campanha eleitoral numa interesseira solidariedade que não é imagem de marca do governo do PSD-M.

Ninguém vai tocar neste assunto politicamente inconveniente, Segurança Social Eleitoral, é mesmo matéria de CM, obrigado por existirem.

Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta-feira, 21 de Abril de 2022
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