Porto Sanctus Resistência à Gaulesa – Parte I


N aquele tempo, perto do continente europeu, mas ainda mais perto do continente africano, existia uma ilha desgovernada por sábios que entendiam de tudo e de nada. Habitava naquela ilha um povo humilde e subserviente que sofria de uma enfermidade designada por Olhus Tapadus.

Depois de muita investigação, veio-se a descobrir que, no feudo, a ordem era para encobrir esta maleita para que ninguém se desse conta dos poderes maléficos e autoritários do seu regedor, pois a ideia era que se tratasse de vírus...

Porto Sanctus era uma aldeia que servia de quintal aos senhores da Ilha Madeirus, cuja influência passava por dominar certos arautos do mau pensar. Com tanta cabeça pensadora era expectável que existisse um salvador que aos poucos desvendasse o grande problema que era a Olhus Tapadus.

Assim, na década de 90, surgiu um grande filósofo visionário, Robertus Vercingetorix Atracus De Poupa, que com as suas ideias e ideais, vindas da casa das luzes, pensou que o Porto Sanctus era um sítio ideal para iniciar a purga e expulsar os Olhus Abertus que não acreditavam que Olhus Tapadus era uma doença.

Recruta os lacaios Bananus Brutus, que até foi pedir para ser CHEGA, Poncius Burrix Câncius, Linus e companhia, e inicia a campanha. Primeiro veio Miguélix, o dono de uma piroga, aos poucos foi tomando conta da ilha. Comprou um Hotelix, depois comprou outro e depois comprou uma cabana junto à praia e estabeleceu um grande negócio de alojamento local com muita oferta e pouca procura. Mas… com o seu fiel escudeiro e primus Bananus começou a expansão da sua influência junto dos habitantes doentes e debilitados pela Olhus Tapadus do Porto Sanctus.

Ainda apareceu um Silvius… seguindo-se um Pestanix… e uns que tinham um hotelix em Machico. Que festa! A estes, juntaram-se uma nova classe de servus oportunistas locais - Pedrix… Batatix… Romix… - os Subservientus - que viram nesta janela uma oportunidade para expandir a sua ignorância e se aproveitar dos Olhus Tapadus.

Ligados à hotelaria e restauração, e em troca de favores, Bananus viu o seu umbigo crescer - aliás estômago - com os manjares providenciados por esta classe, que afirmam ninguém querer trabalhar em Porto Santcus e que pagar um soldo pelo trabalho de 16 horas diárias era uma blasfémia, tomam conta dos negócios dos ilha. Escravos não devem receber pelo que fazem. A bondade dos seus amos era suficiente - diziam eles! Aquilo é que foram leitões… espetadas… caldeiradas… noitadas…mulheres… homens…

Robertus Vercingetorix, atento, apercebeu-se desta boa vontade dos Subservientus e começou a conquista. Atirando à fogueira uns, expulsando outros, promovendo outros tantos, a ignorância foi crescendo. Recrutou um Nabus Batestix para servir os seus interesses. 

Nabus, dedicado às finanças, não tardou em meter a pata na poça e afunda-se. Candidata-se à Camarix contra o Oliveirix e perde. Começava uma nova luta interna. De aliado passa a persona non grata. Distancia-se dos Subservientixes e cospe no prato de comeu. Mais tarde, volta novamente pelas mãos de Vercingetorix, ganha as eleições e perde a verticalidade. A primeira grande obra foi pedinchar trabalho para a mulher e irmão. Com aquele vozeirão de macho de Porto Sanctus começa uma nova limpeza. Inspirado pelos atos dos seus antecessores a velha doença espalha-se ainda mais… 

(Continua)

Enviado por Denúncia Anónima.
Terça-feira, 5 de Abril de 2022
Todos os elementos enviados pelo autor.

Adere à nossa Página do Facebook (onde cai as publicações do site)
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira