Pelo ódio que lhe tinham se media o seu tamanho


A frase foi dita pelo António Lobo Antunes e é do século XIX. É curioso como as coisas pouco mudaram, apesar do mundo estar sempre a mudar. Tudo muda, mas a natureza humana permanece fiel a si mesma. Li que anda por aí um cadáver político. Que ideia medonha e pouco civilizada. Os homens não se medem só por triunfos, as derrotas provavelmente contam mais para moldar o carácter. Aliás, há quem diga que o fracasso é uma condição de humanidade. Mas esta questão não é filosófica. A questão é diferente. É preciso chamar os bois pelos nomes. Este arranjo entre a ala do Paulo Cafôfo e a ala do Pedro Calado para queimar o Miguel Silva Gouveia é um assunto da autonomia.

Esta cumplicidade cínica e perversa trata-se de um assunto de salvaguardar o bom nome da região e salvar a dignidade da nossa democracia. Queremos uma democracia podre e feita de arranjos e maquinações? Ou queremos uma democracia cívica, feita de liberdade e pluralismo? A posição do Cafôfo é inqualificável. Ele quer ser líder e por rivalidade e cinismo quer destruir um activo do PS. Prefere atacar o Miguel Gouveia em vez de o proteger como seria o seu papel. Estrategicamente, é miserável. Moralmente, é perverso.

Eu digo a todos os madeirenses, esta questão não é PSD, PS, BE ou JPP. Esta questão é de civismo. Não se promovem campanhas de assassinato de carácter para pessoas que fazem combate político (feito em nossa defesa). É preciso limpar a vida pública desse veneno. É preciso dizer que os lobos na política acabam sempre por se aproveitar do rebanho? E o rebanho não se revolta por ver um cidadão a ser prejudicado por defender as suas causas? Hoje o alvo é o antigo presidente da câmara, mas quantos já não passaram por isso? Quantas figuras de valor foram queimadas na praça pública por defenderem causas com honestidade?

Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta-feira, 8 de Abril de 2022
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