Omissão de informação mortal


B em dizem que nos momentos de exigência vemos o verdadeiro valor das pessoas e, quando não estão à altura, passado algum tempo fazem o ridículo. Os momentos de exigência definem o teu conhecimento e capacidade de análise, não pode ser qualquer um a liderar, daqueles que se exibem num tacho em tempo de "peluda".

Caso 1. Percebam o preconceito, o tabu com que se lidou com a primeira morte por "de" ou "com" Covid-19, tudo para que não se suspeitasse de que o Serviço Regional de Saúde poderia não estar à altura. Até hoje não sabemos com tanta lei da rolha, foram atoardas para Lisboa para não se falar da Madeira, anteciparam-se de decisões nacionais para pareceremos líderes, as perguntas ficaram sem resposta e um secretário, que entendia ser também jornalista, falava só do que lhe convinha. Na altura, o vírus era agudo e não havia vacinas mas agora estamos na larga maioria vacinados, o vírus é tido por "gripezinha" e mês após mês morre-se muito mais por "de" ou "com" Covid. A população habituou-se, perdeu o medo, as mortes por Covid vulgarizaram-se com o tempo e as justificações de comorbidades também. A Saúde deixou de ter preconceitos e tabus. Surge uma pergunta: - será que não morria tanto no princípio como agora mas as cardiorrespiratórias resolveram? Quem ousa ir contra o veredicto do médico e do secretário? A propaganda promoveu o secretário e lá se endeusou.

Mas quem fala de Saúde também fala de Comunicação Social e de algumas diretrizes das Redes Sociais. Por vezes acho que ambas caíram na rotina e desejam dias sem exigência. Dá-se circo, fait-divers, curiosidades, expedientes, festas e publicidades e tudo parece notícia. Ninguém sofre de ansiedade e medo, tudo é vulgaridade e o regional porreirismo. O mercado roda a publicidade, razão de existir, e sem se aperceberem, na obtusa tentação de resolver tudo o que for inconveniente como Fake News ou uma heresia, quem trespassa a linha merece castigo. Acontece na comunicação social e nas redes sociais (seus gestores) abusos inqualificáveis. Na última semana, finalmente, a Comunicação Social e alguns proprietários das redes sociais perceberam que estavam a falhar completamente e a ser muito mauzinhos com pessoas que lhes são superiores. Finalmente percebem o alcance das coisas, não estiveram à altura dos acontecimentos. Na Madeira dormia-se na madruga do início da guerra na Europa. Devem pensar que a linha de fronteira são muros do Trump e que os aviões militares param num semáforo.

Numa guerra não há lugar para hesitações mas sim decisões.
Se na estrada hesitas e bates, na guerra, se hesitas morres ou perdes teu país.

Caso 2. No início da guerra na Ucrânia, castigaram-se pessoas que publicaram vídeos de ataques com mísseis russos, o célebre ataque à torre de comunicações de Kiev e o cemitério do holocausto. O vídeo nem tinha mortos, só destroços provocados pelo míssil. Semanas depois, permitiu-se em alguns países que as pessoas manifestassem o seu ódio a Putin. A rede social tinha sido ultrapassada pela realidade, as pessoas tinham razão mas eram castigadas. A rede social começou a herdar o ódio a Putin, calar a razão e a verdade gera a célebre ira dos bons. Para aumentar a desorientação, rede social mundial decidiu em que países tolerava as manifestação sobre a guerra à revelia das suas regras. As mesmas que castigou antes. Com manias de ser "o mundo", decidiu em que parte do mesmo poderia haver sentimentos. Parece que é estanque e decidido pela rede social.

Neste último fim de semana, as TV's a propósito de mais um massacre, agora em Bucha na Ucrânia, perceberam que a sua missão não é dar novelas cor-de-rosa mas informar o mundo, documentar factos e torná-los provas, constatar a cruel realidade e não tratar o telespectador como idiota. Afinal somos também russos para nos escolherem as notícias e a interpretação? Os jornalistas começaram a fazer o seu trabalho indicando nas peças a existência de imagens duras, com mortos, que poderiam impressionar os mais sensíveis. Levaram 5 semanas para aprender isto?

A Comunicação Social e as cúpulas das redes sociais só agora perceberam a sua função num momento de Guerra na Europa, porque os que mandam são os mais perfeitos imbecis que não alcançam a sua responsabilidade num momento em que o mundo estava a mudar. Com o seu poder ditatorial, castigaram, reprimiram os que sim sabiam o que faziam. Nesta guerra, fica para lição futura, estes imbecis devem ser destituídos e substituídos por outros muito mais capazes. Nos momentos de exigência precisamos de profissionais e não de incompetentes. Em guerra a informação também é uma arma.

Nesta guerra, o mundo mudou, a comunicação social deu muitos tiros nos pés e as redes sociais vão sofrer transformações. Só agora temos cobertura da guerra para os líderes e a Opinião Pública atuarem. Só agora percebem a aflição de Zelensky? Há bruta guerra, crimes de guerra, massacres, Alepos e Srebrenicas, chegará a escassez, a carestia, a fome, etc. Só agora alguns acordaram. Os ucranianos levaram este tempo todo para acordar alguns!

Agora todos querem ver e dar o seu testemunho sobre Bucha.
E ficam revoltados, um mês depois!

Parabéns tropas digitais.

Enviado por Denúncia Anónima.
Domingo, 3 de Abril de 2022
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