O madeirense anda muito anestesiado de tudo


T enho apreciado que muitos só se apoquentam quando a guerra lhes toca na algibeira, ela é lá longe mesmo que se diga "Guerra na Europa". Os tempos muito desafiantes são de mudanças históricas que farão o corte com o status quo que provém da Segunda Guerra Mundial. A extrema direita está a crescer na Europa, sorridente ou disfarçada, a mesma que entrou militarmente, vinda da Rússia, entrou pela Ucrânia à margem do Direito Internacional. É a mesma das eleições na Hungria a jogar em dois tabuleiros ou da França da Liberté, Egalité et Fraternité. O financiador de muitas guerras faz outras pela calado. É doente.

Às vezes basta ter um pouco de gosto pelo conhecimento e ler a história para não repetir os mesmos erros. Os motivos e os engodos são os mesmos, basta saber detetar para não ser levado pela certa à ruína. Basta uma oportunidade para alguns nunca mais saírem do poder, a não ser a ferro e fogo.

Há tantas e claras semelhanças em tudo, nós não inovamos, antecipamo-nos com esperteza saloia para fazer primeiro. Quando a Europa está em reboliço para mudanças estruturais, na Madeira o governo não governa nem muda de ritmo, tudo controlado e sem competição leva a isso. Está num comodismo tão alheado que os desafios já nos estão a ultrapassar. Não nos adaptamos para depois abanar a bandeirinha da ultraperiferia e da mão estendida.

É bom que os madeirenses acordem para o facto do partido de sempre não lhes contar a verdade e pouco importa quem usa para se manter no poder. O problema é se outros, ainda mais espertos, descontrolam tudo. Somos insuficientes, temos excesso de ego, há arrogância a mais, não somos sustentáveis para uma nova era e estamos inertes no Atlântico. Tal como entendemos a guerra pelos preços vamos perceber como tudo mudou quando as mesmas tangas já não pegarem.

Não temos governo na Madeira para os novos tempos. Os jornais não informam. A ALR organiza concertos e exposições. O Presidente falta a reuniões importantes para fazer férias. Todos querem tacho mas não exercem. O tempo perde-se porque eles estão bem, chega-lhes à algibeira em fez de faltar.

Enviado por Denúncia Anónima.
Sexta-feira, 1 de Abril de 2022
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