Madeira cria Moeda Digital


S e suspeitas não houvessem da recente viagem do Sr. Presidente do Governo Regional a uma feira de Bitcoins em Miami, a SDM não sentiria nenhuma necessidade de vir em seu socorro com um comunicado, no miminho, lacónico. Alguém percebeu o comunicado? Nós não!

Mas como gostamos de brincar com coisas sérias, segundo nos foi dado a perceber, parece que o Sr. Presidente do Governo pretende criar uma nova moeda digital made in madeira para contornar o problema da dívida e do CashFlow. Ele pensou chamar-lhe “Zarco” mas ficou-se pelo “BitStupid”.

O que aconteceu na realidade é que alguém contou a história que lhe conveio das cripto moedas ao Sr. Presidente do Governo e ele, como não percebeu nada mas acredita em tudo o que lhe dizem, viu uma oportunidade de ouro, para a Madeira ser uma lavandaria de dinheiro sujo. 

O problema é que desta vez a Madeira não é inovadora como Miguel Albuquerque gosta de dizer que é! Há três anos atrás a Venezuela criou o “Petro” uma cripto moeda para contornar a inflação galopante e o bloqueio económico dos Estados Unidos. Esta cripto-moeda tornou a Venezuela no terceiro país do mundo com mais transações digitais. Admirado? Para mau entendedor, as lojas venezuelanas começaram a aceitar o “Petro” como moeda de transação comercial mas sem quaisquer resultados macroeconómicos porque a moeda real que paga as importações continuou a desvalorizar.

Alguém que explique ao Sr. Presidente do Governo que se alguém quiser comprar uma casa na Madeira em Bitcoins pode faze-lo desde que o vendedor do imóvel aceite a moeda em troca. Simples! Ate há quem troque a mulher por um carro! 

O que não vai ser simples é pagar em bitcoins os impostos, como o de selo, ou o do IMI, ou ainda justificar o valor do imóvel à Autoridade Tributária, ou seja, é tudo muito digital a anónimo até que surjam os bens patrimoniais reais que saltam à vista dos mais distraídos.

Meus caros, sejamos honestos, o Bitcoin não serve à Economia, serve neste momento para lavar dinheiro de corrupção e do narcotráfico. Ponto. 

Alguns lembram-se que quando não havia moeda digital levava-se dinheiro escondido na roupa para o Brasil ou então comprava-se lotarias a terceiros para justificar a fortuna que aparecia pela porta do cavalo. Hoje diz-se que o património que surge do nada foi resultado de pura sorte no investimento em Bitcoins. 

Escrevam! Muito património crescente de alguns políticos da nossa praça vão ser resultado de “investimentos inteligentes” em moeda digital. Há gente com sorte!

PS: É verdade que um familiar de Putin tem um imóvel de luxo na Madeira?