Fugindo deste emprego


RTP1 na passada noite esteve em direto com o programa "É ou não é?" dedicado, essencialmente, à falta de valorização do trabalho e a oferta de emprego que não encontra trabalhadores para a construção civil e hotelaria, motores da nossa economia. Passa-se o seguinte, podem debater o que quiserem com diplomacia mas isto é como a natalidade e a pobreza, não me digam que há justas compensações e depois as pessoas que residem em Portugal não conseguem procriar nem poupar. Mais do que o debate, o que uns escondem e outros dizem, são estas realidades em números que esclarecem tudo. Por exemplo, os censos, de 10 em 10 anos, diz que a situação vai piorando. E ninguém se mexe, não só a população empobrece como os países de leste nos ultrapassam. A Ucrânia se assentar e entrar na União Europeia vai ultrapassar Portugal.

Outra pergunta, num mercado (U.E.) felizmente livre, se Portugal não é competitivo no mercado de trabalho porque vão os portugueses fazer o mesmo esforço e ganhar menos e não fazer vida? Alguém socorre um português aflito? Cada vez mais os serviços públicos estão ao assalto dos privados, com a conivência dos políticos, aqui na Madeira, na Saúde, isso é escandaloso. Mas tem outra, perceberam o que a pandemia provocou? Um "reset"!!! Parou, as pessoas perderam empregos, puderam repensar, puderam procurar empregos não precários e valorizados, sobretudo viram como foram tratados por muitos! Ao emigrarem provocam um efeito de contágio, chamam a família, os amigos, etc, é que há países na Europa a valorizar o conhecimento e a experiência, independentemente da idade.

Outra situação é a carreira, meus amigos, anos e anos na mesma não gera qualquer entusiasmo associados a vínculo precário e baixo rendimento, sempre a fazer o mesmo. Vamos acabar com o esquema dos contratos que, mesmo tendo funcionários fantásticos são mandados para o desemprego para extinguir a possibilidade da entrada nos quadros da empresa. Isto muitas vezes faz um trabalhador se sentir um "cachorro abusado". E voltamos ao mesmo, se até em vínculos precários no estrangeiro ganhamos duas e três vezes mais porque ficar? E as oportunidades que novos contactos geram? E a boa fama dos trabalhadores portugueses? Só o próprio país não reconhece?

A hotelaria e a construção estão com problemas mas, e a falta de professores? Qual a origem? Safadezas anos a fio que começaram com a "Lurdinhas" (Ministra da Educação Maria Lurdes Rodrigues) que, ainda há dias esteve noutro programa de TV e com cara de pau, falou da falta deles. A falta de professores começou com ela! Professores anos a fio com a casa às costas, sem estabilidade, família, longe de casa e a pagar para trabalhar (2ª casa na localidade onde lhe calhou lecionar e condições de trabalho, materiais escolares). E agora que destruíram a Educação, valor inestimável com que vingamos lá fora, virá qualquer um dar aulas?

Voltando à base, só há um bando de cegos, os empresários sôfregos! Agora a sorte virou, lembram-se de quando diziam nas entrevistas de emprego, outros com cara de pau, para aceitar um vencimento miserável porque se não havia 50 outros desempregados desejando o lugar ? Lembram-se desse tempo de desumanidade e selvajaria? Eu não esqueço.

Mas no caso da Madeira, com tudo isto na mão de meia dúzia, a situação é saudável para o emprego? Há "cartelização" dos vencimentos como em muitos supermercados no valor de produtos. E há empregos para vendidos e lambe-botas, boa gente emigra. Digam a verdade!

Enviado por Denúncia Anónima.
Terça-feira, 26 de Abril de 2022
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