Cinismo jornalístico


M eu texto vem a propósito de uma conversa a que assisti de pessoas que não são da Madeira a falar abertamente sobre os jornais locais. Corroboro com uma ideia bem clara entre eles, os jornais passaram a ser a notícia onde se assiste ao desfile de vedetas "entachadas", os inseguros a mostrar a sua utilidade e daqueles que se pavoneiam em não temas para se dizerem presentes. Nos jornais, presenceia-se o poder a se mexer para abater políticos, a repetir mentiras até sem verdade, a mentalizar o povo para mais loucuras construtivas que só pretendem assistir a privados para  mau investimento público.

Há outros que perderam o estatuto, porque se venderam, dependem do poder mas revisitam estatutos que perderam pensando, tal como o poder, que passam despercebidos. Os tempos não voltam atrás, o currículo estraga-se em segundos, aliás, é nos tempos difíceis que se avalia o carácter e idoneidade das pessoas. Há demasiada gente porca na Madeira a se fingir de honesta e credível, enquanto sustentarem o poder que lhes dá guarida sobreviverão nas palhaçadas...

Há uma outra "secção" nos jornais, a das pessoas credenciadas que permitem erros para salvar o tacho, quando são por demais evidentes, todos mentem e criam narrativas de salvação para que, de imediato, seja assessorado pelas matilhas da internet, o plano de abate e perseguições, queixas em Tribunais que, em 40 nunca meteram peixe graúdo na cadeia nesta Madeira, mas continuam a passar largo tempo em assuntos menores...

O baixo grau de coragem jornalística é como a situação que se presenceia de Calado a querer destruir Miguel Silva Gouveia a todo custo, porque o chamado "bezerro de ouro" não gosta de fiscalização, concorrência e verdade, tendo a comunicação social a facilitar a estratégia. Quando rebentar a bronca, convém ter esses nomes de jornalistas à mão. Os jornais que estão a matar a política, porque abatem políticos no critério do proprietário, deveriam estar com a boca bem fechada.

É comum que quando os mesmos andam nos mesmos ambientes cortam o cordão umbilical com a realidade, algo incrivelmente vulgar na Madeira onde todos os que participam na seita praticam a narrativa da conveniência.

Paralelamente, o perder contacto com a realidade dos assuntos abordados parece surrealismo de Dali, Miró ou Picasso ... no traseiro de alguns, sobretudo quando a maioria dita o erro e aceita que todo pelotão ande com o passo trocado e o único em acerto banido das tropas. A história trocou as voltas da verdade e da realidade por imperativos políticos. Isto funciona na Madeira mas não lá fora, tudo isto porque ouvi uma conversa de café a mencionar os nossos dois jornais. Confesso que magoa mas é o que temos, não deixamos de ser madeirenses e gostar da nossa terra mas apanhar por tabela ...

Não sei o alvo da comunicação social da Madeira, e se os leitores da terra dividem-se entre aqueles que gostam da manutenção da práxis que lhes garante boa vida, os outros, que também contam, acham tudo isto subserviência política e não jornalismo. O problema é que, no continente, o assunto nos meandros mais atentos vai se tornando popular.

A comunicação social está a montar e a repetir mentiras para que a população aceite como verdade e assim afaste toda a oposição credível e de quem têm medo. Se um jornal nasceu na nova era do jornalismo de cócoras, ou outro, não pode ter os mesmos jornalistas do antes e do depois a fazer trabalhos literalmente opostos do agrado dos proprietários. Os leitores estão a ver, todos, mas só os que nada têm a perder na Madeira começam a comentar 

Há jornalistas que se transformaram em favor do poder usando a linguagem do poder e encarnando a comunicação, depois cinicamente lamentam-se...

Oxalá que haja sempre dinheiro para sustentar perversos, quanto ao resto abandonem a ilha, ela odeia o mérito.

Enviado por Denúncia Anónima.
Domingo, 17 de Abril de 2022
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